Opiniões & Crônicas




A busca pela perfeição
* Mônica Chirosa
Todos nós acompanhamos nos últimos dias, a corrida desenfreada para o corpo perfeito. E eu digo corrida desenfreada, porque estão colocando a beleza como prioridade, quando na verdade, a prioridade deveria ser a saúde.
Algumas mulheres perderam suas vidas ou ficaram com sérias sequelas, quando buscavam a perfeição. Sem levar em conta o profissional a que estavam colocando suas vidas nas mãos.  Procedimentos estéticos fazem parte da vida das mulheres, que são as mais cobradas pela mídia, quando o assunto é beleza e perfeição.
Na verdade, pessoas bonitas, transbordam beleza de dentro pra fora e não é o inverso que acontece. De que adianta ter um corpo perfeito, mas a base de remédios e procedimentos duvidosos que colocam a saúde em risco, se a pessoa não tem amor ao próximo, não tem respeito ao próximo.
Além disso, não é a beleza que segura o relacionamento quando as coisas estão de pernas para o ar. Não é a beleza, que anima os dias de rotina. Beleza nunca foi e nunca será o esteio dos relacionamentos de longa data, recheados de rugas, estrias e cicatrizes. Beleza acaba cedo, bem antes do que gostaríamos. E quando ela se vai, deve existir o conteúdo, a cumplicidade, o companheirismo, o amor.
O mais assustador é que ainda existem mulheres que acreditam que o que vale são os padrões de beleza impostos pela sociedade. Quantas mulheres se olham no espelho diariamente com ar de profunda insatisfação, pois não se enquadram nos famigerados padrões de beleza da nossa sociedade? Quantas sofrem... adoecem... a verdade é que dificilmente exista alguém totalmente liberta dos padrões de beleza da sociedade.
Quantas pessoas conhecemos, que não seguiam padrões de beleza, sendo até consideradas feias pela sociedade, mas que por sua bondade, gentileza, bom caráter, tornam-se tão bonitas que a feiura delas desaparece.
Quantas pessoas da melhor idade que têm orgulho em mostrar suas marcas, suas rugas e envelhecem bonitas, naturalmente. Mas, essas são pessoas especiais, que são amáveis e respeitam o próximo como a si mesmas. Enquanto uns correm atrás de um padrão de beleza nem sempre alcançável, outros cuidam da alma, da paz de espírito, da sua saúde, seja com alimentação ou exercícios físicos, mas a busca é pela saúde.
Claro que beleza e bem estar andam juntas, mas como disse antes, de nada adianta cuidar só do exterior e deixar o interior doente, com depressão, insatisfação, ansiedade, entre outros transtornos...
Minha avó, Maria Chirosa, sempre dizia sobre esse povo que põe beleza acima de tudo: “Por fora bela viola, por dentro pão bolorento”.

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Lugar de lixo é no lixo... só que aqui não!
* Mônica Chirosa
Todo mundo sabe que lugar de lixo é no lixo. Mas, infelizmente, muitas pessoas não tem consciência sobre o assunto e acabam jogando latinhas, papéis, garrafas pet, plásticos entre outros lixos nas ruas da cidade. Também é comum vermos pelos quatro cantos da cidade, entulhos, restos de construção, móveis velhos, televisões, rádios, computadores, descartados por pessoas sem noção.
Mas, eu posso apostar que estas mesmas pessoas não fazem isso em casa. Ou será que após tomar um refrigerante, a latinha é dispensada no chão da cozinha, ou outro cômodo da casa? Papéis de bala, bombom, embalagens de biscoitos, pães, será que também são jogados no chão da casa? Acredito que não. E se não se faz isso em casa, porque fazer na rua, onde é a casa de todos, é a cidade onde habitamos, é o planeta em que vivemos?
Porém, nossa cidade vem enfrentando desde 2014 um grande problema quando o assunto é lixo. O local, onde há algumas décadas funcionou o lixão foi desativado por não estar de acordo com as normas técnicas da CETESB (Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental). Como não foi encontrado outro local adequado para a instalação do novo aterro sanitário, desde abril de 2014 a prefeitura tem realizado o transbordo do nosso lixo para um aterro sanitário em Itapevi. Porém, segundo a Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental (Cetesb), a prefeitura não tem licença para fazer o transbordo.
A empresa selecionada para fazer o transbordo foi contratada em caráter emergencial, já que a licitação para contratação oficial foi suspensa por um mandado de segurança. O contrato ficou em R$ 3 milhões e retira diariamente do lixão cerca de 70 toneladas de lixo. No caso da falta de licença para transbordo do lixo, será aplicada multa de aproximadamente R$ 10 mil à prefeitura de Itapetininga.
Existe uma cooperativa de reciclagem na cidade que só trabalha com um único caminhão e, consequentemente, só consegue recuperar 25% do total de material reciclável produzido em Itapetininga. No Brasil, apenas 4% do lixo vai para reciclagem. O endereço da Cooperita é 3373-5309, rua Orlando Scotto, 68, vila Arlindo Luz. Hoje são 20 pessoas trabalhando e uma diretoria que administra a Entidade, composta por 3 pessoas.
Também foi criado um Ecoponto, na vila Prado, para receber entulhos, restos de construção e materiais eletrônicos recicláveis, como rádios, computadores, televisores e todos os tipos de aparelhos eletro-eletrônicos. Mas, o que se vê hoje no local é um verdadeiro lixão, pois pessoas sem noção, tem jogado lixo doméstico no espaço e o resultado disso é que moradores, vizinhos dali, tem de conviver com muita sujeira, animais peçonhentos e um terrível mau cheiro.
Muitas famílias ainda estão no lixão, alguns morando por ali, sem qualquer higiene ou condição digna de vida. A disputa é grande pelo lixo recém-chegado pelos caminhões de lixo, que trazem muito material reciclável que não é recolhido pelo serviço de reciclagem, a Cooperativa. É necessária uma solução urgente para o nosso lixo, tanto o reciclável, que é capaz de sustentar muitas famílias que realizam a coleta, quanto o lixo doméstico que está sendo transbordado para outra cidade que já tem o seu próprio lixo pra cuidar.
Itapetininga está entre as 20 piores cidades no ranking ambiental. Só em 2014 diversos casos de falta limpeza pública, problemas em saneamento básico e descartes de remédios em lugares proibidos já foram registrados na cidade. É questão de organização, pois lugar de lixo é no lixo...
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Itapetininga completa 245 anos de muita história!
*Mônica Chirosa
No dia 5 de novembro, Itapetininga completa 245 anos de fundação e muita história pra contar. Personagens ilustres, inclusive no cenário nacional, nasceram e viveram aqui. Os políticos Venâncio Ayres, Júlio Prestes e Fernando Prestes; o jornalista Murilo Antunes Alves; o compositor sertanejo Teddy Vieira são apenas alguns exemplos de nomes de grande relevância que são da nossa querida terrinha. Hoje temos Bob Vieira, Rafael Altério, entre outras novas pratas da terra que vem surgindo.
Terra das Escolas ou Athenas do Sul, a cidade abrigou a primeira escola Normal (Magistério) do Estado de São Paulo (1894), a Escola Peixoto Gomide. Hoje a cidade conta cinco faculdades, mais de 100 escolas infanto-juvenis, escolas técnicas e cursos profissionalizantes. Por aqui, só não tem estudo e qualificação quem não tem interesse. Felizmente, a taxa de analfabetismo em Itapetininga é de apenas 4,36%, bem abaixo da média nacional que é de 9,37%.
Itapetininga é o segundo maior município do estado em extensão territorial e ocupa o 1º lugar no PIB agrícola do estado de São Paulo. A pecuária é de relativa importância no Sudoeste Paulista. Os principais produtos cultivados são: grama, batata, hortifrutícolas e cana-de-açúcar para a fabricação de álcool. A produção de lenha e madeira em tora de florestas cultivadas (silvicultura) e a resinagem de espécies florestais dos gêneros Pinus também se mostram importantes atividades no município
Itapetininga é sede da Região de Governo, composta por mais doze municípios: Alambari, Angatuba, Boituva, Campina do Monte Alegre, Capela do Alto, Cerquilho, Cesário Lange, Guareí, Quadra, São Miguel Arcanjo, Sarapuí e Tatuí, que possuem juntos 480.453 habitantes. Recentemente foi incluída na Região Metropolitana de Sorocaba.
Dona de um povo hospitaleiro, trabalhador e dedicado, a cidade procura manter vivas as memórias históricas, como construções, MIS (Museu da Imagem e do Som), Biblioteca Municipal, e também atividades de resgate cultural, como por exemplo, a tropeada, que percorre o mesmo caminho antes feito por tropeiros, do sul do Brasil à capital, e, pousavam por aqui.
Uma cidade com tanta história pra contar, não podia deixar a data passar em branco, e preparou várias atividades para comemorar. Durante todo o mês de novembro, eventos culturais e esportivos serão promovidos na cidade. O tradicional desfile cívico e hasteamento da bandeira acontecem dia 5, às 8h, na Rua Virgílio de Rezende, próximo à Igreja N. Sra. das Estrelas.
Já na sexta-feira, 6, acontece a decisão da Supercopa de Vôlei, um dos eventos esportivos mais importantes do Brasil, com rodada dupla no Ginásio de Esportes Ayrton Senna da Silva.
Sábado, dia 7, será a vez do 2º Movimento Você e a Paz, que organiza o Ato Ecumênico pela Paz, a ser realizado na sede social do Clube Venâncio Ayres, a partir das 19h. O domingo, 8, será marcado pela ‘Caminhada, corrida e ciclismo pela Paz’, com saída do Largo dos Amores, às 8h30.
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Presidente ou Presidenta? Qual é a forma correta de tratamento?
*Mônica Chirosa
Muita gente torce o nariz quando a presidente Dilma é chamada de Presidenta. Na verdade, as duas formas são admitidas na língua portuguesa. No Dicionário Aurélio, presidente é a pessoa que preside. Pessoa que dirige os trabalhos duma assembleia ou corporação deliberativa. E presidenta é a mulher que preside. Mas é também a mulher de um presidente. E será que existe a palavra: presidenta? A palavra “presidenta” existe na língua portuguesa desde 1872. E desde 1925 ela consta como verbete do dicionário Caldas Aulete, um estudo feito pelas lexicógrafas Marina Baird Ferreira e Renata de Cássia Menezes da Silva, da equipe do dicionário Aurélio . Mas quase um século depois de ser dicionarizado, o substantivo feminino de presidente ainda causa estranhamento e leva muitas pessoas, que adotam o uso do termo, a questionar sua correção ortográfica. A predominância do masculino na língua reflete o machismo. Se houver numa sala 39 mulheres e um homem, o orador deverá usar o masculino na sua invocação: prezados senhores… No máximo, falará: prezadas senhoras e prezado senhor. Ofenderia o macho presente se o orador generalizar pelo feminino e dissesse apenas: prezadas senhoras.
Assim, em passado recente, não havia feminino de presidente e nem de hóspede. Agora, depois da luta das mulheres na sociedade, os dicionários já registram e a gramática aceita os femininos: presidenta, hóspeda.
Por que isso não acontece na hierarquia da Polícia Militar? Nenhum dicionário registra o feminino “soldada” e tampouco “sargenta”, apenas Luiz Antonio Sacconi em sua “Nossa Gramática – Teoria e Prática”, Editora Atual, admite tais flexões.
Na verdade, a Polícia Militar, com a presença da mulher em suas fileiras, mantém a estrutura machista, segura a feminização das patentes na divulgação de seus documentos oficiais. E gramáticos e jornalistas concordam com isso.
Não se sabe como as soldadas se sentem sendo tratadas como homens, mas há mulheres que escrevem versos e não gostam de ser chamadas de poetisas, preferem ser tratadas de poetas, acham que o feminino as desvaloriza. Isso também é machismo, e pior, machismo do feminino.
Um bom exemplo de como seria utilizar todas as palavras no gênero feminino: “A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta.” Porém, o que mais chama atenção do povo hoje, com a presidente já em seu segundo mandato, é que tantos casos de corrupção, operações vieram à tona, deixando o país na atual crise que o povo enfrenta. Penso que mais importante não é como a presidente deve ser chamada, mas sim, como governa o país...
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Medicamentos de uso contínuo prosseguem distribuídos gratuitamente
* Mônica Chirosa
Muitas pessoas entraram em pânico quando a mídia anunciou que haveria cortes no governo e que os programas Farmácia Popular e Saúde Não Tem Preço acabariam. Acontece que as pessoas tem a mania de tirar conclusões precipitadas, mesmo antes de terminar de ler ou ouvir uma notícia. Não procuram outras fontes para concluir a veracidade dos fatos. Somem-se a isso, as pessoas que aumentam um ponto a cada conto e, pronto, criou-se uma história mentirosa que é transmitida pelo famoso boca a boca.
Na verdade, o que aconteceu é que mesmo com tantos cortes em várias pastas do governo, seria uma sandice, uma verdadeira armadilha contra o povo, um corte na distribuição de medicamentos de uso contínuo. Portanto, ficam mantidos em toda a rede conveniada de farmácias a distribuição de medicamentos gratuitos para hipertensão, asma e diabetes. O fim dos descontos de até 90% em medicamentos no programa Aqui Tem Farmácia Popular a partir do ano que vem atingirá 14 remédios e produtos vendidos hoje nas drogarias particulares. A decisão do Ministério da Saúde afetará, em especial, quem se trata contra rinite, colesterol, mal de Parkinson, glaucoma e incontinência urinária.
Para esclarecimento, vale dizer que continuam os programas Farmácia Popular e o Saúde Não Tem Preço e terminaria o Aqui Tem Farmácia Popular, para os medicamentos não relativos a diabetes, asma e hipertensão. Segundo as pesquisas, 90% das pessoas beneficiadas pelos programas utilizam medicamentos para os três casos que serão mantidos.
Aqui em Itapê, existe a Farmácia Municipal continua distribuindo gratuitamente medicamentos para a Saúde Mental e de componentes especializados, aqueles remédios de alto custo. Os medicamentos de uso contínuo como para diabetes e pressão arterial são distribuídos normalmente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
A Interfarma estima que o corte no programa afete até 1,1 milhão de brasileiros e reclama do posicionamento do Governo Federal em relação ao projeto.
Já o Ministério da Saúde tem apenas uma esperança de não cortar os descontos do Aqui Tem Farmácia Popular. Aprovar no Congresso até o fim do ano uma mudança na destinação dos recursos do DPVAT, o seguro de trânsito contra acidentes, e mandar parte da verba para a pasta.
Agora, pra quem ganha mais que dois salários mínimos e precisa de medicamentos, a notícia não é das melhores. É que geralmente o governo autoriza os reajustes de preços nas indústrias farmacêuticas no mês de abril, mas para 2016 esse reajuste será antecipado. E o corte agora fica por conta dos fabricantes que já cortaram os descontos oferecidos a distribuidores e varejistas. Como sempre a conta vai para o bolso do consumidor e a única opção é pesquisar muito antes de comprar.
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Vem chegando o horário de verão
* Mônica Chirosa
Neste sábado, dia 17 de outubro, todos nós devemos adiantar os relógios em uma hora: é o Horário de Verão que vem chegando e que divide muitas opiniões. Há quem adore acordar mais cedo e há quem torça o nariz pelo mesmo motivo.
O horário de verão foi cogitado pela primeira vez em 1784, por Benjamin Franklin, um dos homens mais influentes da história política e científica dos Estados Unidos. Partindo da observação de que, durante parte do ano, nos meses de verão, o sol nascia antes que a maioria das pessoas se levantasse, ele concluiu que, se os relógios fossem adiantados, a luz do dia poderia ser mais bem aproveitada.
A idéia, na época, não chegou a sair do papel. Em 1907, na Inglaterra, um construtor chamado William Willett, membro da Sociedade Astronômica Real, deu início a uma campanha que propunha alterar os relógios no verão para reduzir o que classificava de "desperdício de luz diurna". Willett morreu em 1915, um ano antes de a Alemanha adotar sua tese e se tornar o primeiro país no mundo a implantar o horário de verão.
Já no Brasil, a história do horário de verão teve início na década de 30, pelas mãos do então presidente Getúlio Vargas: sua versão de estreia durou quase meio ano, vigorando de 3 de outubro de 1931 até 31 de março de 1932. Depois de 18 anos sem sua instituição, o horário de verão foi novamente adotado devido à queda do nível de água nos reservatórios das hidrelétricas, por volta de 1985/86. Após esse período, o horário de verão passou a ocorrer em todos os anos.
Para ser implantado, o horário de verão deve ser decretado pelo Presidente da República, fundamentado em informações encaminhadas pelo Ministério das Minas e Energia, que toma por base os estudos técnicos realizados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS, e indica quais as unidades da Federação serão abrangidas e o período de duração da medida.
Os países do mundo que adotam o horário de verão são cerca de 30 e incluem: EUA, México e Canadá (exceto uma parte do norte do México e do sul dos EUA, e uma parte do Canadá, que já adotaram, mas não apresentam freqüência), Europa, Rússia e norte da China, Egito, Namíbia, Austrália, Israel, Cuba, Brasil, Chile, Ilhas Malvinas, Paraguai, Palestina, Turquia, Tasmânia, etc.
Então, não adianta torcer o nariz. O melhor conselho é tentar adequar seu organismo ao novo horário desde já. Comece acordando 15 minutos mais cedo, abra a janela e deixe o sol entrar. Acordando mais cedo, você vai sentir sono mais cedo.
O horário de verão de 2015 começa a zero hora de domingo, dia 18, e vai até a meia-noite do dia 20 de fevereiro do ano que vem. Nesses quatros meses, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estima economizar cerca de 4% de energia.
O principal objetivo do Horário de Verão Redução do consumo de luz artificial, ou seja, da energia elétrica, principalmente, para iluminação, e aumento das horas de lazer, visto que escurece mais tarde. O melhor aproveitamento da luz do sol traz benefício geral à população, seja para o lazer ou para atividades comerciais, a indústria, o turismo e, também, ganhamos com os benefícios ecológicos e a preservação do meio ambiente.

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Governo corta orçamento e o povo, corta consumo...
* Mônica Chirosa
A fonte secou e, em 2016, não haverá dinheiro suficiente para manter importantes serviços gratuitos de saúde no país: o programa Farmácia Popular e os procedimentos de alta e média complexidades. O Ministério da Saúde vai acabar, já no início de 2016, com o “Aqui tem Farmácia Popular” — uma parceria com grandes redes de drogarias, que oferece descontos de até 90% em remédios. Além disso, avisou que, no último trimestre do ano que vem, não terá mais dinheiro para fazer repasses a estados e municípios.
Na prática, a União terá verbas para repassar às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e ao Serviço Móvel de Urgência (Samu) somente até setembro. O corte de R$ 3,8 bilhões afetará ainda cirurgias eletivas, internações, hemodiálises — em centros médicos conveniados ao Serviço Único de Saúde (SUS), hospitais universitários e unidades da Santa Casa.
No caso do Farmácia Popular, apenas as 460 unidades próprias do governo, que distribuem remédios de graça, serão mantidas. Neste caso, o corte será de R$578 milhões. O programa foi criado em 2006 para a compra de remédios contra colesterol, Parkinson, diabetes, glaucoma e osteoporose, além de anticoncepcional.
O corte do governo federal se materializou na proposta de Orçamento enviada ao Congresso Nacional. Mas, o Executivo aposta em emendas parlamentares para tentar recompor, em parte, o rombo na Saúde. A ideia é pressionar os parlamentares a aprovar a medida que destinaria ao setor recursos oriundos do DPVAT (reservados para pagar indenizações em casos de acidentes de trânsito).
E os cortes chegam ao alto escalão já que foram reduzidos de 39 para 31 os ministérios existentes. Entre as medidas, estão a extinção de 3 mil cargos comissionados, a eliminação de 30 secretarias ligadas a ministérios, o corte de até 20% nos gastos de custeio, além da imposição de limite de gastos com telefone, passagens e diárias aos ministérios.
O Governo anunciou ainda um corte de R$ 26 bilhões no orçamento de 2016. Com esse corte o rombo nos cofres públicos ultrapassa a casa dos R$ 30 bilhões. O resultado disso será um aumento nos impostos, até se fala na criação de uma nova CPMF.
A presidente Dilma Rousseff sancionou com vetos a lei que eleva a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de bancos de 15% para 20% até o final de 2018. O texto foi publicado no "Diário Oficial da União" desta quarta-feira, dia 7 de outubro.
Infelizmente, estes cortes no orçamento atingem diretamente a população menos favorecida, pois saúde e educação são direitos básicos do cidadão. Com os cortes, significa que essa camada da população fica à míngua, sem serviço de qualidade, sem medicamento, sem programas e recursos para a educação, mesmo sendo ela quem paga a maior parte dos impostos do país.
A mesa do povo também sente os reflexos dessa má administração, pois com a inflação correndo solta e os salários congelados, falta alimento na mesa dos brasileiros.
Além disso, o corte chegou até ao abono salarial anual (PIS/PASEP) que o trabalhador recebe todo ano. Este ano, o governo deu um jeito de cortar isso também, tirando o poder de compra do cidadão.
E em meio a tudo isso, em plena crise, o governo federal teve suas contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), sendo que as irregularidades apontadas chegam a R$ 106 bilhões. Essa é a segunda vez na história do Brasil que isso acontece. A primeira foi em 1937, durante o governo Getúlio Vargas. Na ocasião, o Congresso não seguiu a recomendação do Tribunal.
E, enquanto isso, o impostômetro já chega a casa do trilhão, com R$ 1.528.799.670,32, até o dia 7 de outubro e a inflação atinge a maior taxa desde 2003, com 7,64% até setembro deste ano.
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Outubro Rosa: Uma Campanha para Tocar no Fundo do Peito
* Mônica Chirosa
O movimento popular internacionalmente conhecido como Outubro Rosa é comemorado em todo o mundo.
O nome remete à cor do laço rosa que simboliza, mundialmente, a luta contra o câncer de mama e estimula a participação da população, empresas e entidades.
Este movimento começou nos Estados Unidos, onde vários Estados tinham ações isoladas referente ao câncer de mama e ou mamografia no mês de outubro, posteriormente com a aprovação do Congresso Americano o mês de Outubro se tornou o mês nacional (americano) de prevenção do câncer de mama.
A popularidade do Outubro Rosa alcançou o mundo de forma bonita, elegante e feminina, motivando e unindo diversos povos em torno de tão nobre causa. Isso faz que a iluminação em rosa assuma importante papel, pois tornou-se uma leitura visual, compreendida em qualquer lugar no mundo.
A primeira iniciativa vista no Brasil em relação ao Outubro Rosa, foi a iluminação em rosa do monumento Mausoléu do Soldado Constitucionalista (mais conhecido como o Obelisco do Ibirapuera), situado em São Paulo-SP. No dia 2 de outubro de 2002 quando foi comemorado os 70 Anos do Encerramento da Revolução, o monumento ficou iluminado de rosa "num período efêmero" como relembra o secretário da Sociedade Veteranos de 32 - MMDC, o Coronel PM (reformado) Mário Fonseca Ventura.
A partir de outubro de 2009, se multiplicam as ações relativas ao Outubro Rosa em todas as partes do Brasil. Novamente as entidades relacionadas ao câncer de mama e empresas se unem para expandir a campanha.
Aqui em Itapetininga, a Secretaria de Promoção Social, através da Coordenadoria da Mulher, em parceria com a Secretaria de Saúde também vai realizar muitas ações. No dia 7 de outubro, às 14h30, palestra sobre o tema no CRAS Maria Carron; dia 15, às 14h, no CRAS Rio Branco; dia 21 de outubro, às 14h30, CRAS Bela Vista e no dia 27 de outubro, às 14h, no CRAS Paulo Ayres.
A Associação Beneficente aos Portadores de Câncer de Itapetininga vai realizar uma Caminhada Beneficente, no domingo, dia 4 de outubro. A saída será na sede da Associação, na vila Aparecida e a chegada, na Avenida Peixoto Gomide. A taxa de inscrição é 1kg de alimento não perecível.
Para fechar com chave de ouro a Campanha Outubro Rosa, haverá um evento na Avenida Peixoto Gomide, dia 31 de outubro, das 9h às 13h, com a presença de profissionais de saúde para fazer exames de diabetes e aferição de pressão arterial e uma palestra com um profissional sobre prevenção e cuidados. Abrace você também essa luta contra o Câncer de Mama e de Útero. Participe!
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Governo usa nariz de pinóquio e o povo, nariz de palhaço
* Mônica Chirosa
Não é de hoje que o Governo mente para o povo. As mentiras já começam durante a campanha eleitoral. Se eles cumprissem, pelo menos, metade do que prometem já estaria de bom tamanho. Ainda na campanha, as promessas do governo eram de que não haveria inflação, que o país iria desenvolver-se muito, com o Pré-Sal, aumentar a produção de petróleo, manter um modelo sustentável de desenvolvimento, valorização do salário mínimo, reforma tributária, criar banda larga para todos, baixar a tarifa de energia elétrica, construção de creches para que todas as crianças tenham acesso, e por aí vai..
Com o slogan “Governo Novo, Ideias Novas”, o governo assumiu 55 compromissos durante a última campanha eleitoral do Governo Federal. Deste total, apenas 5 foram cumpridos; 23 foram cumpridos em parte e 26 ainda não foram cumpridos.
Infelizmente, não existe lei determinando a fiscalização do cumprimento das promessas de campanha, pelos eleitos. Seria inconstitucional, porque fere o sistema representativo, no qual não cabe a prestação de contas dos representantes ao eleitorado. Mas, o eleitor poderá fazer seu julgamento da atuação dos eleitos nos cargos para os quais foram escolhidos, nas próximas eleições, pela negação do voto aos candidatos que não cumprem as suas promessas no exercício do mandato.
Dilma tem os piores números de crescimento histórico do país, atrás apenas de Collor. Nem mesmo os militares durante a “década perdida” tiveram médias tão baixas. Mas a candidata prometia crescimento.
Porém, a realidade que o povo vive neste mandato do Governo Federal é bem diferente do prometido. A inflação está correndo solta, com aumentos do pão francês, do leite, do combustível, da energia elétrica, serviços bancários, transporte público, automóveis, enfim, são tantos aumentos que ficamos até atortoados só de pensar nisso. Sem contar os vários casos de corrupção desvendados pelas Operações Mensalinho, Mensalão, Lava Jato, Máfia do ISS em São Paulo e muitas outras.
Até o carro-chefe da campanha, o Programa Minha Casa Minha Vida, teve pela 3ª vez este ano, aumento das taxas de juros, chegando a 9,9%.  E com tantos roubos é claro que o país entrou em crise, o caixa ficou negativo e querem que o povo pague a conta. A nova fórmula mágica encontrada pelo governo para tentar salvar o país foi alterar o calendário dos benefícios PIS/PASEP deste ano. Os pagamentos foram divididos em dois, ou seja, metade dos trabalhadores recebem até dezembro deste ano, e a outra metade, até março de 2016.  Até a criação de uma nova CPMF está em discussão.
E para quem pensa que os aumentos estão somente nas esferas federal e estadual, basta analisar as tarifas da nossa cidade. Em 2013, o prefeito decretou aumento de 50% na taxa de iluminação pública (CIP), paga todos os meses na conta de energia elétrica. O valor que era de R$ 5,00 passou para R$ 7,50. Para o comércio o valor passou de R$ 10,00 para R$ 13,00.
Um liminar do TJ-SP suspendeu o aumento, julgando-o inconstitucional. A Câmara de Vereadores pediu o cancelamento da decisão judicial e o aumento entrou em vigor em 1º de janeiro de 2015.
As tarifas de ônibus, táxis-lotação e mototáxis também sofreram reajuste por aqui, embora a promessa de campanha fosse transporte público a R$ 1,00 e com ar condicionado. A saúde também sairia da UTI e, após um transplante, estaria novinha em folha e funcionando em pleno vapor.
Coisas de Brasil...
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Um bom dia começa com os benefícios do tradicional cafezinho 
* Mônica Chirosa
Todos sabem que para ter um dia produtivo e muito proveito é preciso investir no café da manhã que, segundo especialistas no assunto, é a principal refeição do dia. Para um bom café da manhã é preciso comer frutas, leite e seus derivados, pães, frios, cereais, ovos e é claro, o tradicional cafezinho preto.
Muita gente torce o nariz para comer pela manhã, mas vale a pena insistir para adquirir esse hábito tão saudável. Claro que pra quem não come nada ou quase nada pela manhã, será bem difícil tomar um café tão farto. Mas, se aos poucos, você for inserindo mais ingredientes, logo estará tomando aquele café da manha digno de reis e rainhas. E mais, quando não tomar vai sentir muita falta.
Agora, o tradicional cafezinho preto é que tem sofrido muita resistência. E o que muita gente não sabe é que o café puro tem praticamente 0% de calorias. Além disso, alguns minerais estão presentes no café como sódio, tiamina niacina, ácido fólico, fósforo, magnésio, manganês, potássio e riboflavina. Ah, e também é uma fonte de antioxidantes.
O cafezinho traz ainda alguns benefícios para a saúde. Para os diabéticos tipo 2, o café pode fazer maravilhas, já que contém ácido clorogênico e trigonelina alcaloide que auxilia na redução de glicose e insulina. O café tem propriedades anticancerígenas, pois conta com a presença de ácido clorogênico, ácido caféico e fitoestrogênicos. Também reduz a perda e até melhora e memória, prevenindo a demência e doença de Alzheimer. A doença de Parkinson também foi provada que pode ser reduzida com seu consumo. E tem mais. Ajuda a melhorar o humor, alivia o stress e aumenta as funções cognitivas.
O fígado também pode se tornar mais eficiente com o consumo de café, e ainda reduz a ocorrência de carcinoma hepatocelular, uma forma de câncer de fígado. A ocorrência de cálculos biliares na bexiga pode ser significativamente reduzido pela ingestão de cafeína.
A cafeína pode ajudar na prevenção de prisão de ventre e facilita os movimentos intestinais. Ela estimula o movimento dos músculos, ajudando, assim, na evacuação eficiente. O café contém tanino que pode ajudar a remover a formação da placa e ajuda a melhorar a saúde dental.
Conclusão: o tradicional café preto também é uma boa pedida para iniciar o dia. Desde que com pouca adição de açúcar ou cremes, ele ainda traz benefícios para o coração. Além disso, tem aquele ditado que diz: a refeição da manhã deve ser como de rei ou rainha; o almoço deve ser como de um príncipe e à noite, como a de um mendigo. Ou seja, nossa alimentação deve ser uma pirâmide invertida, ao longo do dia.
Bom apetite!
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Novo grupo Patinadores de Itapê promove patinação na cidade
* Mônica Chirosa
Para quem pensa que essa atividade é só brincadeira de criança, se engana e, inclusive, vem reconquistando mais e mais adultos. Assim como a corrida, andar de patins dá mais força aos músculos dos membros inferiores, bem como ao abdome e aos glúteos, e queima de 500 a 800 calorias na primeira horinha de diversão…
Por exigir do patinador o equilíbrio sobre o “calçado” instável, a atividade também faz com que a pessoa mantenha o corpo permanentemente contraído, principalmente as regiões mencionadas, trabalhando a concentração, coordenação motora, resistência muscular, agilidade e até alguns reflexos, para evitar as possíveis (e normais) quedas. E justamente por forçar uma postura adequada à realização do movimento, que é a correta (barriga pra dentro e costas retinha), a patinação é recomendada a pessoas que têm desvios ou dores na coluna.
Outra vantagem da modalidade é o bem-estar psicológico. Para os apaixonados, ela é capaz de divertir, além de proporcionar o gasto de energia e trabalho muscular, pois causa sensações de liberdade e emoção. Além disso, como pode ser praticada ao ar livre e individualmente, também é muito democrática. É só colocar os patins e deslizar! Claro, com a devida técnica!
Qualquer pessoa, jovem ou adulta, pode praticar patinação. Mas caso você tenha algum problema ortopédico, doença cardiovascular ou neurológica, como a labirintite, consulte um médico antes de iniciar a atividade.
Além de ser uma atividade física, andar de patins pode ser um movimento de diversão. Uma boa ideia é levar alguns amigos para patinar com você. A oficialização da Patinação como modalidade esportiva deu-se em 1999.
De acordo com pesquisas da área médica, a patinação inline está em 3º lugar no ranking das atividades que melhora ou mantém o condicionamento físico e bem-estar geral. Especialistas declararam que patinar é melhor para sua saúde do que correr. Andando de patins a 20 Km/h, um patinador queima 6 calorias por minuto, ou 360 calorias por hora.
Em Itapetininga foi criado o Grupo Patinadores de Itapê, em fevereiro de 2015. No início eram apenas 4 integrantes, entre adultos, jovens e crianças. Hoje já são 13 patinadores que fazem parte do grupo. Os patinadores se reúnem às sextas-feiras, das 19h às 21h, numa quadra da cidade. Algumas vezes, quando não chove, também vão à pista de skate, na vila Barth, às quartas-feiras, no mesmo horário.
Patinar não só queima gordura, mas também transforma a gordura em músculo - um benefício duplo. Você pode ficar em forma patinando apenas três vezes por semana, durante duas horas. Se você tem mais de 35 anos, você deve consultar seu médico para saber quais são suas condições para patinar. Se você tem mais de 65, recomenda-se um check-up físico em primeiro lugar. O seu médico pode aconselhá-lo sobre a quantidade certa de exercício para você. A patinação é tão completa que o praticante tem diversos tipos de modalidades para escolher, bastando definir qual seu objetivo. Para se ter uma ideia, você pode optar no mínimo pelas Velocidade/Speed, Fitness/Passeio/Recreação, Freestyle/Urban/Slalom e Street/Aggressive.
Para quem quiser saber um pouco mais sobre o esporte ou mesmo entrar para o grupo, a página Patinadores de Itapê está disponível no Facebook. Lá você encontra vários vídeos, reportagens sobre o assunto, dicas e fotos do grupo. Venha você também fazer parte deste time de amantes dos patins...
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Questão de respeito: essa vaga não é sua nem por um minuto
* Mônica Chirosa

Parece até que virou moda esta história de vagas reservadas. São vagas para negros, para pobres, nas universidades públicas e particulares. Vagas reservadas para deficientes em concursos públicos. Os idosos também tem seu lugar preferencial nas filas de todas as naturezas. Os assentos em ônibus, metrôs, avião, também estão presentes.
Porém, o mais difícil é que todos esses direitos conquistados sejam respeitados. Nas filas de lojas, casas lotéricas e bancos, é comum vermos pessoas furando filas ou passando na frente de idosos e de deficientes. Nos transportes públicos também é comum se deparar com desrespeito como no caso dos assentos reservados e, agora, das passagens de viagens intermunicipais, que só reservam dois lugares por ônibus e ainda tem de ser reservados com certa antecedência.
Mas, quando o assunto é vaga reservada para idosos ou deficientes, o desrespeito é ainda maior. Chegamos num ponto em que as pessoas não respeitam os mais velhos. Ai foi preciso garantir com leis os direitos que já constam na Constituição Federal, mas tiveram de ser reforçadas, com leis estaduais e municipais e nem assim são obedecidas.
Há uns dois anos foi realizada uma campanha num shopping de Curitiba. Várias cadeiras de rodas foram espalhadas pelo estacionamento, ocupando as vagas comuns, já que as reservadas haviam sido ocupadas por cidadãos comuns. Muitos motoristas simplesmente desciam dos seus carros para retirar a cadeira de rodas e estacionar o seu veículo. Acontece que os deficientes ou idosos, na mesma situação, não conseguem retirar os veículos que se utilizam inapropriadamente das vagas reservadas.
Dia desses vi um vídeo na internet, quando um carro estacionou numa vaga para deficiente e, quando voltou para apanhá-lo, deparou-se com uma situação inusitada. Seu carro estava todo coberto com papéis adesivos, inclusive formando o desenho símbolo da vaga. Foi vaiado, ovacionado, insultado e, esse, deve ter aprendido a lição.
É muito comum pessoas utilizarem as vagas de idosos ou deficientes, com a desculpa de que é por apenas 5 minutos. Aqui em Itapetininga, atualmente, mais de 840 pessoas entre idosos e deficientes estão cadastradas na prefeitura para usar as vagas. Mas o que menos se vê são veículos credenciados ocupando as vagas reservadas.
De acordo com a Polícia Militar, responsável pela fiscalização das vagas, do inicio de 2014 até março deste ano, 27 motoristas foram autuados por estacionar em locais proibidos. A multa é de R$ 53,20 e o motorista perde três pontos na carteira de habilitação. Porém, o mais importante mesmo é que todos tenham consciência do lugar que ocupam na sociedade e, não avançar em espaço reservado ao outro.
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Nosso folclore tem que continuar de geração em geração 
* Mônica Chirosa
Foi no mês de junho de 1963 que a Prefeitura de Itapetininga, em parceria com a Associação Brasileira do Folclore realizou o 1º Festival Folclórico da região, apresentando diversos grupos da capital e de cidades vizinhas.
Assim, todos os anos no mês de agosto, aconteciam eventos dedicados ao folclore. Durante o 3º Festival de Folclore, em agosto de 1968, teve fandango, tirana-de-lenço, pau-de-fita, chote, fandango de tamanco, congada e cururu.
A 5ª e última edição realizou-se de 17 a 23 de agosto de 1970 na Avenida Peixoto Gomide, onde desfilaram números de cururu, congada, catira, Folia de Reis (de Capão Bonito e Paranapanema).
Já na década de 80, durante alguns anos a cidade realizou o Festival de Música Sertaneja Teddy Vieira e Nhô Bentico, com o objetivo de reunir e de descobrir novos talentos entre os cidadãos comuns, além de manter viva a música raiz entre as novas gerações.
O Festival foi realizado até alguns anos, pois, abriu espaço para o novo sertanejo, mais industrializado e, infelizmente, perdeu seu maior foco: a música caipira raiz. Mas as homenagens a Teddy Vieira não param por aí. Recentemente foi criada a Orquestra de Viola Caipira Teddy Vieira, que tem se apresentado em vários estados e cidades pelo Brasil afora.
Porém, quando se fala em folclore não se pode esquecer aqueles que no dia-a-dia mantém viva esta tradição. Um grande exemplo é o escritor, músico e compositor Bob Vieira. Ele visita escolas, centros comunitários entre outros locais levando uma mistura de música caipira, poesia e bom humor, que simplesmente encantam as crianças e também os adultos.
Outra figura da cidade que não deixa o folclore morrer é o conhecido Pedraco, que sempre marca presença na feira livre da Avenida Peixoto Gomide.
O Raimundão, O Montador de Lobisomem, A Barrica, A Criança que foi Levada pelo Saci, A Noiva da Praça são apenas algumas das histórias contadas pelo povo de Itapetininga. São as lendas que passam de geração em geração e parecem até ganhar vida. O Raimundão, por exemplo, seria um escravo que teve os olhos arrancados por fazendeiro. Quem tiver coragem para recolocar os olhos dele ficará rico, diz a lenda.
O Dia do Folclore é comemorado no dia 22 de agosto. A data foi criada em 1965, através de um Decreto Federal. No Estado de São Paulo, um decreto estadual instituiu agosto como o mês do folclore. Em 2005, foi criado do Dia do Saci, que deve ser comemorado em 31 de outubro. Festas folclóricas ocorrem nesta data em homenagem a este personagem. A data, recém criada, concorre com a forte influência norte-americana em nossa cultura, representanda pela festa do Halloween - Dia das Bruxas.
A palavra folclore é de origem inglesa. A termo "folk", em inglês, significa povo, enquanto "lore" significa cultura. Nem tudo é folclore. Para ser considerada uma legítima representação folclórica, é necessário que se enquadre em algumas características: ter origem anônima, ser antiga e popular, tradicional numa determinada região (sendo praticada e divulgada por muitas pessoas) e ter se espalhado através da transmissão oral (famoso boca a boca).
Segundo a Carta do Folclore Brasileiro, aprovada pelo I Congresso Brasileiro de Folclore em 1951, “constituem fato folclórico as maneiras de pensar, sentir e agir de um povo, preservadas pela tradição popular, ou pela imitação”.
Muitas festas populares, que ocorrem no mês de Agosto, possuem temas folclóricos como destaque e também fazem parte da cultura popular. O mais importante é não deixar o folclore se acabar e continuar passando-o de geração em geração...

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Protestos nos quatros cantos do país mostram um povo descontente
* Mônica Chirosa
Depois do Mensalão, Operação Lava-Jato (Petrobras), Pré-sal, mais de 2 milhões brasileiros foram às ruas por todo o país para protestar, de forma pacífica e organizada, o descontentamento com a postura do atual governo Dilma Russef. O povo pedia o impeachment da presidente e o fim da corrupção.
Um estudo da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de SP) tomou como base a pesquisa da Transparência Internacional, entidade que mede a percepção da corrupção em 178 países. O levantamento atribui notas numa escala de 1 a 10 — quanto maior é a percepção de corrupção, mais baixa a nota. O Brasil figura no 69º lugar no ranking. Está atrás de países como os africanos Namíbia (56º) e Ruanda (66º). A nota brasileira permanece igual à de Cuba: 3,7. No governo de Luiz Inácio Lula da Silva, a nota caiu de 4 para os atuais 3,7.
É claro que o Brasil que trabalha e paga impostos fica indignado, mas não sabe bem o que fazer diante das imagens de maços de dinheiro público em caixas de papelão, meias e cuecas, os flagrantes de lobistas nos ministérios, as falcatruas de ONGs que não são que dizem ser, e as conversas telefônicas que explicitam maracutaias.
Cada centavo de imposto desviado é prejuízo para o contribuinte tanto pelo que ele deixa de receber em forma de serviços quanto pelo impacto que tem sobre o crescimento da economia. “A corrupção está na raiz do atraso brasileiro”, diz Marcos Fernandes da Silva, professor da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo.
O país aprovou nos últimos anos, através de apoio popular, a Lei da Compra de Votos e a Lei da Ficha Limpa. As redes sociais também tem um papel muito importante nesta fase, já que os panelaços, buzinaços e protestos, na maioria, são marcados pelas redes sociais.
Todos esses mecanismos de monitoramento podem ter aumentado o acesso dos brasileiros às atividades dos agentes políticos.
O fato é que R$ 51 bilhões vão pelo ralo todos os anos por conta da corrupção em todas as áreas dos governos de todas as instâncias. O país e seu povo não toleram mais a situa­ção. Mais, uma coisa é certa: ainda há muita sujeira embaixo do tapete e o certo é tirá-la de lá, para o bem dos brasileiros e o futuro do Brasil.
Porque a corrupção não está presente apenas na esfera federal, mas também nas estaduais e municipais, como temos acompanhado descobertas de quadrilhas e suas prisões por todos os cantos do país.
Fora do Brasil, um grupo protestou em Lisboa, capital de Portugal. O protesto foi na Praça Camões, no Chiado, tradicional local de manifestações e ponto turístico. Assim como no Brasil, os manifestantes levaram bandeiras e muitos cartazes de "Fora PT", "Fora Dilma" e "Fora Lula". No fim, cantaram o hino nacional.
Em outros países, também houve protesto dos brasileiros que moram em Paris, Londres, Irlanda, na Itália, na Alemanha e até no Japão. Na América do Norte, Miami, Nova York, Seattle e Washington, nos Estados Unidos, e Toronto, no Canadá, também realizaram manifestações. Brasileiros também se reuniram para protestar em Sydney, na Austrália.
Todos nós, morando aqui ou não,  somos brasileiros que não perdemos a esperança de ter um país com mais qualidade de vida, menos corrupção e mais justiça.
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Brigadeiro, Cajuzinho e Beijinho: os doces totalmente brasileiros
* Mônica Chirosa
Quando se pensa em festa logo vem à cabeça aquelas guloseimas deliciosas que são servidas, como salgadinhos, bolo e os docinhos. Não importa que tipo de festa é, pode ser casamento, bodas, batizado, noivado, aniversário ou qualquer outra comemoração, os docinhos sempre marcam presença. E quem é que resiste aos brigadeiros, beijinhos e cajuzinhos?
Mas, curiosamente, após algumas pesquisas, descobri que esses docinhos, tão tradicionais nas nossas festas, são totalmente brasileiros.
Nem todo mundo sabe, mas “Brigadeiro” é o nome dado a uma patente da Aeronáutica. Em 1945, o brigadeiro Eduardo Gomes, da União Democrática Nacional, disputava a presidência do país com o marechal Eurico Gaspar Dutra, do Partido Social Democrata, protegido do então presidente Getúlio Vargas. Eduardo era um homem alto e charmoso, e nunca se casou, tanto que o slogan de sua campanha era: “vote no brigadeiro, que é bonito e solteiro”.
De acordo com o livro Histórias, Lendas e Curiosidades sobre Gastronomia, de Roberta Malta Saldanha, pensando nisso, as mulheres que o apoiavam resolveram criar um docinho para arrecadar fundos para a campanha. Misturaram leite condensado com chocolate em pó e criaram o “docinho do brigadeiro”. O doce faz sucesso até hoje, mas Eduardo não conseguiu se eleger e teve apenas 35% dos votos.
E existe, além do Brigadeiro tradicional, o Brigadeiro de Panela, o Brigadeiro de Colher, o Brigadeiro Branco e o Brigadeiro Mesclado.
O beijinho é feito com leite condensado, margarina e coco ralado. Em algumas regiões do país pode levar gema de ovo ou não. Na cobertura, utiliza-se açúcar ou coco ralado. E, para finalizar, um único cravo da índia é colocado em cima do doce.
Já o cajuzinho é feito com amendoim torrado e moído, margarina, além do leite condensado. Depois de pronto, ele é moldado na forma de um caju e são colocadas castanhas da índia ou mesmo amendoins partidos para enfeitar.
O cajuzinho tem sua origem no nordeste do país, mas aos poucos, foi se popularizando e acabou caindo no gosto de todos os brasileiros.
O que o chocolate pode nos trazer de bom é a riqueza de sais minerais como potássio, sódio e magnésio, pode estimular as pessoas a terem calma, pois ele possui substâncias que são chamadas de endorfina; teobromina.
Já o amendoim possuir pequena quantidade de proteínas, por outro Lado, Os amendoins são ricos em vitaminas e minerais como o Zinco, Cálcio, Magnésio, Ferro e Fósforo. E ainda faz bem para o coração, atua na prevenção do câncer, melhora a memória, ajuda a emagrecer, diminui o estresse e, por ser rico em anti-oxidantes, faz super bem para a pele.
Como todos os alimentos, o chocolate e o amendoim devem ser consumidos com moderação. Bom apetite!
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Parque Carlos Botelho terá 1ª estrada ecologicamente correta 
* Mônica Chirosa
O Parque Estadual Carlos Botelho com acesso pela SP-139, em São Miguel Arcanjo, que liga a Região ao Vale do Ribeira e litoral sul, com saída por Sete Barras está em reforma e abrigará a primeira estrada ecologicamente correta. 
Na verdade, a estrada em terra existe desde a década de 1940 e é anterior à criação do parque. Durante a ditadura militar, foi usada como rota de fuga pelo revolucionário Carlos Lamarca. O caminho é percorrido por peregrinos que se dirigem ao santuário do Bom Jesus, em Iguape.
Mais de 80% das obras de pavimentação dos 33 quilômetros da rodovia Neguinho Fogaça (SP-139) que atravessam o Parque Estadual Carlos Botelho, entre São Miguel Arcanjo e Sete Barras, já foram executados.
A pavimentação não usa asfalto comum: o calçamento é feito com blocos intertravados que permitem a drenagem da água. A rodovia corta área com bioma de Mata Atlântica entre os mais preservados do Brasil, declarado pela Unesco em 1998 como Sítio do Patrimônio Natural da Humanidade.
A estrada transpõe a Serra das Macacas, maciço de floresta totalmente preservado no coração do parque, e liga o sudoeste paulista ao Vale do Ribeira. A reserva, de 36,7 mil hectares, tem a maior população de monos-carvoeiros do País e outras espécies ameaçadas de extinção, como o bugio ruivo e a onça pintada.
Para intervir na área, o governo paulista precisou de licença do Conselho Estadual do Meio Ambiente, só emitida após a edição do Decreto Estadual no. 53.146/2008 que definiu os parâmetros para implantação, gestão e operação de estradas no interior de unidades de conservação de proteção integral, como é o Carlos Botelho.
Pelas regras do decreto, nessa estrada os animais têm prioridade. Os carros irão rodar à velocidade máxima de 40km/h controlada por radares e haverá passagens subterrâneas e aéreas para os bichos. Não serão permitidos veículos de carga. A estrada terá portais com segurança para controle do acesso.
De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), a estrada-parque teve um custo de R$ 52,5 milhões. O projeto foi definido por um grupo de trabalho das secretarias estaduais de Meio Ambiente e de Transportes.
O objetivo é usar a estrada em projetos de educação ambiental e de ecoturismo sustentável. Como parte do projeto, foram construídos centro de monitoria, quiosques, mirantes e áreas p ara observação da natureza. A estrutura inclui um pronto-socorro para animais silvestres e o ‘samu-animal’, um serviço de emergência que levará os bichos eventualmente acidentados ao hospital veterinário do zoológico municipal de Sorocaba. A previsão para entrega da obra é em 25 de setembro de 2015.
Para quem já conhece o Parque vale a pena ver novamente depois da reforma. E para quem não conhece este paraíso fica a dica para uma visita, seja para fazer uma trilha ou mesmo para atravessar o Parque e visitar o litoral sul, como Ilha Comprida ou Cananéia
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  Apenas dois minutos para ser mais feliz!!!
* Mônica Chirosa
A felicidade é o sonho de consumo de todos. Muitas são as diretrizes que indicam caminhos para se encontrar a felicidade. Muitas sugestões e conselhos já foram dados para os que procuram pela felicidade. Essas iniciativas são positivas, quando nascidas do desejo sincero de ajudar. 
Os caminhos para a felicidade são muitos. Uns são mais curtos e mais íngremes, e exigem mais esforço e renúncias. Outros são mais longos e mais planos, mas todos conduzem ao mesmo fim. A felicidade é, sem dúvida, uma construção diária, que mais se efetiva quanto mais a ela nos dedicamos. 
Mas enquanto não conseguimos conquistar a felicidade suprema, podemos ir preparando o caminho com algumas atitudes fáceis e lúcidas, nos passos de cada dia. 
O pesquisador americano Shaw Achor passou por uma depressão e contou que saiu dela com ajuda de técnicas para mudar a maneira com que seu cérebro, registrava o mundo. Virou best-seller com o livro Happiness Advantage, publicado no Brasil como “O Jeito Harvard de Ser Feliz”. Ele resumiu cinco ações que toam pouquíssimo tempo e podem ajudar o bem estar imediatamente.
Segundo o autor, bastam dois minutos por dia, para praticar todas ou algumas destas ações: Três motivos para agradecer – gaste dois minutos por dia pensando em três coisas positivas que aconteceram nas últimas 24 horas; Relembrar experiência positiva – mais dois minutos lembrando as experiências positivas das últimas 24 horas; 15 minutos de exercícios físicos – o pesquisador explica que é o equivalente a tomar antidepressivos por seis meses, mas com uma taxa de 30% menor de recaída nos próximos dois anos; Respirar, só respirar, por dois minutos – essa técnica ele usou com os funcionários do Google. Eles saíram da multitarefa para apenas inspirar e expirar. O resultado foi um aumento da precisão, felicidade e queda do estresse; e Gentileza Consciente – também demora apenas dois minutos. Pode ser um e-mail, uma mensagem no celular, uma ligação reconhecendo ou agradecendo alguém do seu círculo social.
Quer dizer que a felicidade é um estado de espírito, uma sensação prazerosa e não um prêmio recebido após uma grande conquista. Sorria ainda que esteja atravessando momentos difíceis na sua vida. O sorriso gera simpatias e afasta invernos escuros, permitindo o brilho do sol da esperança para você e para tantos que atravessam seu caminho. 
Você, e somente você, é responsável pela sua felicidade ou sua infelicidade.  Seu caminho para a felicidade só pode ser construído por você, mais ninguém. Se hoje você encontra em seu caminho pedras e espinhos, é porque houve um tempo em que você se descuidou do seu jardim. 
Por isso, é importante não perder mais tempo. Selecione a boa semente e comece agora a reflorir seu caminho para que possa encontrar, logo mais, o perfume agradável da boa semeadura. 
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Simulador: a emoção de guiar com segurança
* Mônica Chirosa
Pernas tremendo, suor nas mãos e um nervosismo incontrolável. Quem é motorista sabe como é o início de dirigir pelas ruas da cidade. Aquele frio na barriga apavorante quando chega a um congestionamento e que ainda não se tem o controle absoluto do carro, ficar numa fila de carros em 1ª e 2ª marcha, é um estresse e tanto para os novatos.
Mas, agora os novos motoristas tem uma opção a mais para conseguir a segurança e confiança tão necessárias para sair guiando por aí. O simulador de direção, que a partir de 2016 será item obrigatório nos CFCs (Centros de Formação de Condutores) de todo o país.
Trata-se de uma tecnologia de ponta que segue a tendência mundial de quem vive na sociedade da informação, da pesquisa e tecnologia. Um estudo intitulado O Fiel Efeito do Simulador de Condução sobre a Eficácia da Formação foi realizado em 2007 por Allen, Park, Cook e Firentino, do Southern Califórnia Research Institute, nos Estados Unidos, demonstrou que o uso do simulador de direção durante o processo de formação do motorista é uma das soluções para baixar os altos índices de acidentes de trânsito. A redução pode chegar a 50% entre os novos motoristas.
Em 2010, Winter, Van Leeuwen e Happee, do Departamento de Engenharia Biomecânica da Delft University of Technology, na Holanda, apresentaram um estudo sobre as principais vantagens e desvantagens do simulador de direção. Em 2011 os pesquisadores da Universidade de Massachussets e da Holanda apresentaram um estudo sobre os simuladores de direção como ferramenta para a formação e avaliação de novos condutores.
Porém, as pesquisas tiveram início no século passado, quando cientistas vêm investigando cientificamente como os simuladores de direção podem ajudar a melhorar o processo de ensino e de aprendizagem da direção veicular. Pesquisadores como Caro (1977), Breda e Burry (1991), Dettermann (1993), Corteling, Oprins e Kallen (2001), Kappè (2001), Boldovici (2002), Alvarez, Salas e Garofano (2004), Hays (2005), Emmerik (2012), dentre muitos outros cientistas em todo o mundo também estudam sobre o assunto.
No Brasil, os simuladores de direção tanto para carro quanto para moto foram e estão sendo desenvolvidos pela Fundação Certi (Centro de Referência em Tecnologias Inovadoras) da Universidade Federal de Santa Catarina, uma das mais respeitadas no Brasil e no mundo, sobretudo pela geração de soluções tecnológicas inovadoras.
Para os deficientes físicos, o simulador conta com provas de aceleração e frenagem feitas com os pedais ou pelo sistema push & pull, a alavanca que permite acelerar e frear com movimentos manuais de rotação e pressão.
Mas, de nada adianta tanta tecnologia e pesquisa se o motorista habilitado não respeitar as leis de trânsito e não colocar em prática tudo o que aprendeu no simulador do CFC e durante as aulas práticas das auto-escolas.
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Celular afasta pessoas e prejudica saúde 
* Mônica Chirosa
Cenas muito comuns hoje em dia são reuniões de amigos que não interagem entre si, apenas com o celular; pessoas andando pela rua sem olhar onde pisa, apenas olham para o celular; tem ainda os mais sem noção, que dirigem falando ou enviando mensagens pelo celular.
Frenesi, vício, mania ou costume, o fato é que as novas tecnologias criaram legiões de usuários que não conseguem se desligar dos aparelhos enquanto se alimentam, estudam ou deitam para o necessário descanso. Mas, além da modificação de hábitos e rotina, os aplicativos de telefone celular criaram a necessidade de que cada um observe se a tecnologia escravizou ou apenas refez costumes. Além disso, é preciso verificar se a relação “íntima” com os aplicativos, sobretudo os de mensagens e jogos, não está prejudicando a produtividade no trabalho, a aprendizagem ou a qualidade do sono.
Inicialmente, a principal área de atenção foi sua associação com o surgimento de tumores cerebrais e outras doenças secundárias à exposição à radiação de radiofrequência. Neste sentido, recomenda-se cautela no uso contínuo do equipamento, especialmente entre crianças e adolescentes.
A persistente dor na nuca ou no polegar pode ter como causa o constante ato de escrever mensagens de texto pelo celular ou o hábito excessivo de olhar a tela desses aparelhos.
Nos Estados Unidos, os médicos alertaram que as lesões causadas pelo uso de telefones celulares e outros aparelhos eletrônicos estão aumentando com rapidez, principalmente pelo fato de as pessoas terem de segurá-los e utilizá-los mal.
A doença do século já tem até nome Nomofobia. É um termo muito recente, que se origina do inglês: No-Mo, ou No-Mobile,que significa Sem telemóvel. Daí a expressão Nomofobia ou fobia de ficar sem um aparelho de comunicação móvel.
É absurdo sugerir que não usemos o celular. Não podemos mais viver sem ele. Empresas, governos e famílias dependem dos celulares. Mas sim, podemos definir novos limites e, principalmente, não ser inconveniente pelo uso do aparelho. Tudo tem de ser bem dosado.
Eu tento que meu primeiro contato do dia seja com uma pessoa, e não com uma máquina. E posso relatar, com absoluta certeza, que o mundo não acabou e que meus níveis de estresse diminuíram consideravelmente. Fica a dica! Mais calor humano e menos frieza do mundo cibernético. Mais abraço e mais carinho e menos cutucadas e curtidas virtuais...

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Férias de Julho exigem criatividade e jogo de cintura
* Mônica Chirosa
As escolas entram em férias durante o mês de julho. A pergunta é: o que fazer com a criançada durante todo o mês de folga? Muitos pais aproveitam esta época do ano para tirarem suas férias junto com os filhos e arrumam as malas para uma viagem em família. Mas, e quando as férias dos pais não coincidem com as férias escolares? Existem algumas opções como acampamentos, que são muito divertidos e dinâmicos, proporcionando lazer e novas amizades.
Pra quem vai ficar em casa, o jeito é aproveitar o feriado prolongado ou mesmo os finais de semana, para levar as crianças ao cinema, ao teatro, clubes ou praças para prática de esportes, enfim, tem que usar a criatividade.
Nos finais de semana, tem ainda opção de visitas a zoológicos de Sorocaba e de Boituva. Passeios inesquecíveis para as crianças. Aliás, em muitas cidades, as prefeituras promovem um mês de muitas atividades culturais, na região devem ter algumas opções.
E, para que todos tenham mais conhecimento sobre a sua cidade, uma boa pedida é fazer visitas a museus, locais históricos, parques ou praças.
E tem ainda algumas opções para passar o tempo e divertir os baixinhos. Que tal brincar com aquele quebra-cabeça, que faz tempo está guardado? Ou ainda, aproveitar essa moda de livros para colorir e presentear com o baixinho com um livro desses. E não precisa ser lápis de cor, tem giz de cera, aquarela e materiais pouco comuns como carvão, beterraba, couve, enfim, tudo que tem cor.
Em tempos de sustentabilidade, que tal criar brinquedos e jogos com materiais recicláveis, como garrafas pet, caixinhas de leite, jornal... Dá até para fazer instrumentos pra uma banda de sucata. Ou ainda, montar uma tenda de leitura. Pode ser feita com um bambolê e um lençol, um tapete no chão e algumas almofadas. As crianças simplesmente adoram. E tem ainda aquelas brincadeiras que nunca saem de moda, como pular corda, andar de bicicleta, andar de patins, skate ou patinete, bolhas de sabão, empinar pipa sem cerol, jogar bola, pega varetas...
Para as meninas, pode ser feito um desfile de modas com as suas bonecas, ou elas mesmas podem ser as modelos. Para os meninos, pode ser feito um desfile ou corrida de carros, de super-heróis... Ah, e tem ainda a opção de levar todos para a cozinha para fazer uma receita fácil, como um bolo, bolinhos de chuva, pipoca, enfim, eles simplesmente adoram participar. Um piquenique também agrada muito os pequenos. Pode ser até na praça do seu bairro.
Até um cineminha em casa, reunindo toda a turma vira pura diversão, quando eles estão de férias. O mais importante é aproveitar o tempo livre deles para promover momentos de lazer e diversão, e muitas vezes, até com aprendizado. Além disso, a convivência com crianças e jovens sempre é muito gratificante. Boas férias!
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Leis inúteis e fora da realidade estão se tornando comuns
* Mônica Chirosa
Diariamente são aprovadas leis, tanto na esfera nacional, quanto estadual ou mesmo municipal. Muitas destas leis são muito úteis e garantem os direitos do cidadão. Porém, muitas outras leis também são aprovadas e simplesmente não correspondem com a realidade.
Um ótimo exemplo é a lei das cadeirinhas exigidas para bebês e crianças até 7 anos de idade em veículos particulares desde maio de 2010, de acordo com o Contran.  Agora a exigência é também para as vans escolares. Porém, os autores da lei não pesquisaram o suficiente para que a lei seja posta em prática.
Motoristas de Itapetininga protestaram contra o projeto de lei que proíbe o transporte escolar feito por vans em Itapetininga. A manifestação pacífica aconteceu na manhã do dia 1º. Além de carreata, os participantes usaram faixas para reclamar. Segundo o documento que tramita no Congresso Nacional, o transporte passaria a ser realizado somente por veículos com capacidade mínima de 45 lugares. Durante o protesto, os trabalhadores se mostraram a favor da lei obriga o uso de cadeirinhas para o transporte das crianças nas vans. A exigência entrará em vigor a partir do dia 1° de fevereiro de 2016.
Porém, as vans saem de fábrica com cintos de dois pontos e as cadeirinhas necessitam de um cinto de três pontos para ser utilizada com segurança. Mas, se é a segurança que está em foco na discussão, como em táxis e em ônibus de linha e até intermunicipais, as crianças e bebês podem viajar no colo de seus pais?
Então todos os transportes públicos devem oferecer as tais cadeirinhas para bebês e crianças. E, de acordo com a lei crianças de até um ano deverão ser transportadas em bebê-conforto; de um a quatro anos, em cadeirinhas com encosto e cinto próprio; de quatro a sete anos e meio, assentos de elevação conhecidos como “booster”.
E tem mais, quem será responsável pela fiscalização destes itens de segurança, já que para cada faixa etária, a cadeirinha tem de ser de um modelo diferente?
Mas, tem ainda muitas outras leis como a dos extintores, por exemplo, que desde dezembro de 2014, exige que os veículos utilizem extintores tipo ABC, mais eficiente e que tem até 5 anos de validade. Porém, o prazo para a obrigatoriedade do uso do extintor já foi adiada duas vezes, simplesmente porque nem os comerciantes e nem os fabricantes disponibilizavam de um número tão grande de extintores. Outra lei sem planejamento.
Ah, alguém se lembra do kit primeiros socorros em veículos? Esse teve a lei aprovada em 1998, mas, no ano seguinte, em 1999, os senadores derrubaram a lei absurda, já que estes kits pouco ou nada ajudam no caso de acidentes.
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Santo Antônio, São Pedro e São João... Festas Juninas são tudo de "bão"!
* Mônica Chirosa
Chegou o mês de junho e com ele as tradicionais festas juninas. As Festas juninas ou festas dos santos populares são celebrações indianas que acontecem em vários países e que são historicamente relacionadas com a festa dudana santo de verão (no hemisfério norte) e de inverno (no hemisfério sul), que é celebrado no dia 24 de junho, segundo o calendário juliano (pré-gregoriano). A festa que teve origem na Idade Média na celebração dos chamados Santos Populares (Santo António, São Pedro e São João). Além de São João, comemorado no dia 24, os outros são São Pedro (no dia 29) e Santo António (no dia 13). Em Portugal, as festas dos três marcam o início das festas católicas por todo o país.
Mas e a fogueira? Qual é a sua origem? De origem europeia, as fogueiras juninas fazem parte da antiga tradição pagã de celebrar o solstício de verão.
A quadrilha brasileira tem o seu nome originário uma dança de salão francesa para quatro pares, a quadrille, em voga na França entre o início do século XIX e a Primeira Guerra Mundial.
Ao longo do século XIX, a quadrilha se popularizou no Brasil e se fundiu com danças brasileiras preexistentes e teve subsequentes evoluções (entre elas, o aumento do número de pares e o abandono de passos e ritmos franceses). Ainda que inicialmente adotada pela elite urbana brasileira, esta é uma dança que teve o seu maior florescimento no Brasil rural (daí o vestuário caipira), e se tornou uma dança própria dos festejos juninos, principalmente no Nordeste. A partir de então, a quadrilha, nunca deixando de ser um fenômeno popular e rural, também recebeu a influência do movimento nacionalista e da sistematização dos costumes nacionais pelos estudos folclóricos.
As festas juninas brasileiras podem ser divididas em dois tipos distintos: as festas da Região Nordeste e as festas do Brasil caipira, ou seja, nos estados de São Paulo, Paraná (norte), Minas Gerais (sobretudo na parte sul) e Goiás.
No Nordeste brasileiro, se comemora com pequenas ou grandes festas que reúnem toda a comunidade e muitos turistas, com fartura de comida, quadrilhas, casamento matuto e muito forró. É comum os participantes das festas se vestirem de matuto, os homens com camisa quadriculada, calça remendada com panos coloridos, e chapéu de palha, e as mulheres com vestido colorido de chita e chapéu de palha.
No interior de São Paulo, ainda se mantém a tradição da realização de quermesses e danças de quadrilha em torno de fogueiras.
É muito importante valorizar as culturas populares, passa-las para as crianças e jovens, para que nunca se percam no tempo. E viva Santo Antônio, São Pedro e São João!
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Maio Amarelo: campanha pela conscientização no trânsito
* Mônica Chirosa
O Movimento Maio Amarelo nasce com uma só proposta: chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo.
O objetivo do movimento é uma ação coordenada entre o Poder Público e a sociedade civil. A intenção é colocar em pauta o tema segurança viária e mobilizar toda a sociedade, envolvendo os mais diversos segmentos: órgãos de governos, empresas, entidades de classe, associações, federações e sociedade civil organizada para, fugindo das falácias cotidianas e costumeiras, efetivamente discutir o tema, engajar-se em ações e propagar o conhecimento, abordando toda a amplitude que a questão do trânsito exige, nas mais diferentes esferas.
A Assembleia-Geral das Nações Unidas editou, em março de 2010, uma resolução definindo o período de 2011 a 2020 como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”. O documento foi elaborado com base em um estudo da OMS (Organização Mundial da Saúde) que contabilizou, em 2009, cerca de 1,3 milhão de mortes por acidente de trânsito em 178 países. Aproximadamente 50 milhões de pessoas sobreviveram com sequelas.
São três mil vidas perdidas por dia nas estradas e ruas ou a nona maior causa de mortes no mundo. Os acidentes de trânsito são o primeiro responsável por mortes na faixa de 15 a 29 anos de idade; o segundo, na faixa de 5 a 14 anos; e o terceiro, na faixa de 30 a 44 anos. Atualmente, esses acidentes já representam um custo de US$ 518 bilhões por ano ou um percentual entre 1% e 3% do PIB (Produto Interno Bruto) de cada país.
Se nada for feito, a OMS estima que 1,9 milhão de pessoas devem morrer no trânsito em 2020 (passando para a quinta maior causa de mortalidade) e 2,4 milhões, em 2030. Nesse período, entre 20 milhões e 50 milhões de pessoas sobreviverão aos acidentes a cada ano com traumatismos e ferimentos. A intenção da ONU com a “Década de Ação para a Segurança no Trânsito” é poupar, por meio de planos nacionais, regionais e mundial, cinco milhões de vidas até 2020.
O Brasil aparece em quinto lugar entre os países recordistas em mortes no trânsito, precedido por Índia, China, EUA e Rússia e seguido por Irã, México, Indonésia, África do Sul e Egito. Juntas, essas dez nações são responsáveis por 62% das mortes por acidente no trânsito.
Já diz o ditado: mulher no volante é perigo constante, certo? Errado! Uma seguradora do Reino Unido, a Privilege Insurance, fez um estudo e concluiu: elas dirigem melhor. O resultado final mostra que as mulheres fizeram 23,6 pontos de um total de 30, enquanto os homens marcaram apenas 19,8. Isso significa que elas dirigem com mais segurança e se submetem a menos riscos.
Mas, independente do sexo ou da idade, a Campanha Maio Amarelo vem para que todos respeitem as leis de trânsito, tanto motoristas quanto pedestres. Afinal de contas, todos querem sair vivos do trânsito.
Publicado no dia 6/6/2015 - Jornal Folha de Itapetininga
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É Preciso acreditar no próprio trabalho, seja público ou privado
* Mônica Chirosa
São muitos os problemas que estão presentes na educação e na saúde brasileira, especialmente na educação e saúde públicas. Na educação, um exemplo disso são as crianças que se encontram no 6ºano do ensino fundamental e não dominam habilidade de ler e escrever. Já na saúde, a população brasileira sofre com a falta de atendimento médico adequado e com a crescente privatização do sistema de saúde.
A saúde pública oferecida é de baixíssima qualidade. Longas filas para atendimento ambulatorial e hospitalar, desvio de materiais, unidades de assistência médica superlotadas, administradores negligentes em parceria com governantes corruptos, esse é o retrato da saúde pública brasileira. Crianças e idosos morrendo em corredores de hospitais públicos, sem atendimento e medicamentos, são motivos de vergonha nacional.
“Saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e acessórias que visem a redução do risco de doenças e de outros agravos e a acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, prestação e recuperação.” É o que diz a Constituição Federal no seu Artigo 196.
O maior problema está na omissão dos usuários do sistema. Não há reação. A sociedade organizada, politizada e consciente dos seus direitos de cidadania, busca cada vez mais os hospitais privados e planos de saúde, enquanto que a faixa pobre da população se sente incapaz de reivindicar um atendimento com mais dignidade e respeito nos hospitais e postos de saúde públicos deste país.
A eficiência dos serviços de saúde é um dever da gestão pública, a quem deve ser imputada a responsabilidade de proteger e prevenir os problemas que possam atingir a coletividade.
E os índices negativos na área da educação são resultados diretos do que acontece na estrutura educacional brasileira, pois praticamente todos os que atuam na educação recebem baixos salários, professores frustrados que não exercem com profissionalismo ou também esbarram nas dificuldades diárias da realidade escolar, além dos pais que não participam na educação dos filhos, entre muitos outros agravantes.
Mas, o que dizer de profissionais da área pública, tanto da educação quanto da saúde, como professores, diretores, médicos, enfermeiros e tantos outros, que não utilizam o sistema em que trabalham. Professores, Diretores e Supervisores do Estado e do Município matriculam seus filhos em escolas particulares.
Os profissionais da saúde também não utilizam o SUS quando o assunto é família. Tanto que os convênios estão ficando abarrotados de usuários, e a tendência é que o serviço tenha cada vez menos qualidade.
Difícil acreditar num trabalho desenvolvido por profissionais, que nem mesmo eles próprios acreditam. Pois para os filhos dos outros o serviço prestado é bom, mas para o meu filho ou minha família não.
Publicado no dia 23/5/2015 - Jornal Folha de Itapetininga
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Internet, celular, tablets: prisão ou liberdade? 
* Mônica Chirosa
Com os avanços da tecnologia, cada vez mais temos o mundo na palma da mão, e isso literalmente, quando falamos em celular. Com tantos aplicativos, redes sociais, mídias, games, fica difícil manter as pessoas longe da internet.
Mas, e quando esse hábito vira um vício e o seu usuário não consegue nem dirigir sem olhar, falar ou teclar no aparelho. Pesquisas americanas realizadas no ano passado mostram que falar ao celular é o mesmo que dirigir após ingerir quatro cervejas. A pesquisa revelou que um motorista fica pelo menos 5 segundos sem olhar para o trânsito quando manda ou recebe uma mensagem. Se levarmos em conta que o veículo está andando a mais ou menos 80km/h, isso significa cruzar um campo de futebol inteiro, dirigindo de olhos fechados.
Nos últimos 20 anos cresceu a cada dia o número de adeptos das tecnologias. Segundo especialistas, quando bem dosados, o uso dos eletrônicos não traz riscos à saúde. Porém, quando a dependência torna-se evidente é preciso ficar atento. De acordo com a psicóloga Dora Sampaio Góes, do grupo de Dependência de Internet de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP, o tempo ideal para os adolescentes usarem a internet por dia, seria de 2 horas. Mas, quem consegue impor esse limite aos jovens?
Porém, o grande vilão desse vício é a vida que se perde. O tempo perdido em frente às telinhas é irreversível. E como a vida é composta de tempo, isso quer dizer que tem muita gente jogando esse tempo, essa vida preciosa pelos ares, ou seja, pelas redes. Viver somente nesse mundo virtual causa sérios prejuízos, tanto físicos quanto psicológicos, pois afeta inclusive os relacionamentos reais, entre familiares, amigos e até romances.
Hoje já existem pessoas que tiveram de se internar para curar o vício cibernético. Tem pessoas que passaram três ou até quatro anos, trancados dentro de casa, em frente à telinha do computador, seja para jogar, bater papo ou mesmo pesquisar sobre algum assunto. E como não existem locais especializados para o tratamento desse tipo de vício, os dependentes tem de se sujeitar a Clínicas para Dependentes Químicos, já que também são dependentes de algo. Após o tratamento, os pacientes limitam o uso da internet a uma média de uma hora por dia.
O mais importante é fazer uso consciente dos eletrônicos, principalmente os jovens, que estão gastando um tempo precioso da sua juventude em frente a uma telinha, sem se relacionar com a família, amigos e namorados de maneira real, no contato corporal. As crianças precisam brincar, correr, pular; os jovens e adultos precisam de uma roda de amigos para um bate-papo real e não virtual. Nada substitui o aconchego de um abraço, o carinho e o beijo. O vício em internet é apenas uma ponta do iceberg na relação entre o homem e as máquinas por ele criadas. Muitos problemas podem surgir pelo avanço da tecnologia.
Para fugir dessa armadilha é importante priorizar o tempo e o esforço dedicados a pessoas e atividades que possam trazer crescimento pessoal. O equilíbrio de nossas ações é fundamental para dar resposta às transformações que o mundo contemporâneo exige.
E é por isso, que não se pode ser aprisionado pela tecnologia. Tem que ter liberdade, inclusive para não utilizá-la. É como ditado diz: “enquanto é laço e enfeita é bom, mas quando vira nó e aperta, é hora de rever esta ligação.”
Publicado no dia 16/5/2015 - Jornal Folha de Itapetininga
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Livros de pintura anti-estresse: a febre do momento 
* Mônica Chirosa
Se você acha que colorir é só para crianças, desengane-se. A nova febre do momento são os livros de colorir para adultos. Com desenhos de uma grande beleza e que se torna ainda mais bonito à medida que for sendo colorido, o livro encontra-se esgotado na maioria das cidades.
Mais do que adultos interessados em arte ou em reviver a infância, os livros passaram a atender um público ainda maior: adultos estressados. Para isso, a grande sacada parece ter sido colocar as palavras “antiestresse” e “arte terapia” na capa.
Com a correria do dia-a-dia, esses livros ajudam e muito, as pessoas a relaxar, ter alguns momentos de prazer e fugir da rotina, pois como os desenhos são ricos em detalhes, leva-se muito tempo para colorir uma página, por exemplo.
São centenas de padrões gloriosos, com muitos pormenores, para proporcionar muitas horas de diversão e entretenimento. Há padrões para todos os gostos, desde folhas e flores a desenhos abstratos e gráficos, para que todos possam divertir-se colorindo-os.
Relaxantes e inspiradores, estes livros ajudam a expressar a criatividade em obras de arte da sua própria autoria.
Essa nova mania surgiu no Reino Unido e tomou conta do mundo.
Soterradas por uma rotina estafante, as pessoas encontraram no prosaico exercício de colorir um meio de se desligar, se desconectar e, principalmente, esvaziar a mente de compromissos, preocupações, prazos e metas. Não importa quais cores escolham para preencher as linhas dos livros, todas revelam que a atividade é um mix de terapia com meditação.
Preencher o desenho em branco traz de volta as lembranças da infância, quando os livros de pintar eram parte das atividades curriculares das séries iniciais. Mas agora, na fase adulta, o desafio não é mais colorir dentro das linhas para treinar a motricidade. É, sim, um exercício de paciência e criatividade.
O segredo para aproveitar ao máximo o prazer de colorir é não ter pressa. Não há regras, nem limites: assim é a arte, uma poderosa terapia! Você completará incríveis ilustrações, mesmo que não tenha experiência em desenhar ou pintar. Vale a pena se envolver nessa nova febre dos adultos estressados e deixar a sua mente e a sua vida mais calmos e menos apressados.
Publicado no dia 9/5/2015 - Jornal Folha de Itapetininga
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Na era dos plásticos, Lei da Sacolinha é mero detalhe...
* Mônica Chirosa
Outra vez o foco das atenções são as sacolinhas plásticas. Desde 2011, de acordo com a lei 15.374/11, o comércio da capital paulista não pode distribuir sacolinhas plásticas aos consumidores. Foi um alvoroço e vários estados também legalizaram a proibição. De um lado, os comerciantes, que diminuíram um gasto a mais com a compra das sacolinhas e do outro, os clientes, que ficaram muitas vezes, sem ter como levar as compras pra casa, por falta de embalagem.
Na verdade, o que precisa haver é bom senso. Ter conhecimento que as sacolas plásticas trazem um dano irreparável ao meio ambiente todos sabem, tanto comerciantes quanto consumidores. O grande problema é que ninguém quer assumir a culpa.
De que adianta, deixar de pegar sacolinha plástica na boca do caixa, se no setor de hortifrúti todos os produtos são embalados em sacos plásticos; o mesmo acontece com produtos vendidos a granel, como ração por exemplo. E tem mais, o que dizer da indústria que embala todos os produtos em plásticos, geralmente mais grossos ainda que a sacolinha, com o arroz, feijão, macarrão, farinha, entre tantos outros produtos.
Nós vivemos a era das Pets. Nunca se viu os rios e lagoas tão poluídos pelas embalagens pet. Aliás, a grande maioria dos produtos industrializados são vendidos em embalagens plásticas, óleo, xampu, desodorante, sucos, refrigerantes e por aí vai.
Mas, essa história de reciclagem é uma grande cadeia. Ela tem de começar na indústria, que deve pensar em embalagens mais corretamente ecológicas para os seus produtos. Talvez de materiais reciclados e reutilizados na indústria. Por que não? Afinal de contas, não é o somente consumidor final que é responsável pelo lixo que produz. A indústria também é. Depois da indústria, é a vez da população fazer a lição de casa, diminuir o uso de plásticos em geral na sua vida, e também vestir a camisa para a separação do lixo orgânico de reciclável.
Vale ressaltar que quando houve a proibição das sacolinhas, em 2011, a indústria dos fabricantes de sacolinhas, através do Sindicato da categoria, conseguiu na Justiça uma liminar suspendendo a proibição.
E, por último, a coleta seletiva que deve ser feita pelos quatro cantos do país, pois de nada adianta separar o lixo em casa e depois ir tudo junto pro aterro sanitário. E como toda cadeia é interligada, por que a indústria não pode firmar parceria com as empresas de reciclagem e reutilizar o material para fabricação de novos produtos.
Parece utopia, mas se cada um fizer a sua parte, com certeza, deixaremos um mundo melhor às próximas gerações. Não custa ter sempre à mão, uma sacola reutilizável, como de tecido ou nylon. Ou mesmo escolher produtos que tenham a menor quantidade de plástico em suas embalagens.
Publicado no dia 2/5/2015 - Jornal Folha de Itapetininga
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Dengue X Exército: a guerra está declarada!
Nunca se ouviu falar tanto em Dengue. Todos vestiram a camisa e declararam guerra ao mosquito Aedes Egipty. Mas de nada adianta a população se empenhar cada vez mais, pois os números assustam.
As notificações em Itapetininga, chegaram a 333 até o momento. No Brasil, o aumento foi de 240% e já são mais de 224 mil pessoas infectadas somente neste ano, incluindo 132 mortes. São mais de 340 cidades que apresentam surto de Dengue.
Já existem projetos para desenvolver uma vacina contra a Dengue. Em novembro do ano passado foram divulgados os resultados da primeira pesquisa e os números são animadores. A vacina foi capaz de prevenir em média 60,8% dos casos de dengue e cerca de 95% dos casos graves.
Na verdade, toda esta situação enfrentada por nós, brasileiros, tem ganhado muita repercussão internacional. Os EUA, por exemplo, tem emitido alertas aos turistas que pretendem viajar ao país, classificando como nível Alerta 1, numa escala de 1 a 3.
E não é pra menos, toda essa preocupação. Somente neste ano, na capital paulista, foram registrados 31.980 casos de Dengue e 4 mortes. Numa tentativa de conter o avanço de pessoas contaminadas, desde a última quinta-feira, o Exército Brasileiro. Os soldados receberam treinamento da Coordenação da Vigilância em Saúde e do Centro de Controle de Zoonoses. Eles vão atuar junto com os agentes de saúde e irão procurar focos do mosquito
O Comando Militar do Sudeste também apoiará o governo paulista com 10 médicos que trabalharão em regime de escala.   
Nessa grande luta, ainda não temos vencedores ou perdedores. Se por um lado a população, ou grande parte dela, faz sua parte, por outro lado, em tempos de chuva e calor, o mosquito se reproduz de maneira assustadora. Uma única fêmea pode dar origem a 1.500 mosquitos durante a sua vida. Sem falar que os ovos, uma vez depositados pela fêmea, conseguem sobreviver a até 450 dias sem água, aguardando o próximo período de chuvas para eclodir e dar vida aos mosquitos.
Vale lembrar que em caso de suspeita de infecção de Dengue, a pessoa deve procurar uma Unidade Básica de Saúde para a confirmação e demais providências.
Faça a sua parte para que estes números não aumentem mais a cada dia e, de repente, para que você não seja a próxima vítima.
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Mais de 220 mil casos e a vacina contra a Dengue já está em testes
* Mônica Chirosa
Água limpa e parada, tampinhas de garrafa, pneus, recipientes plásticos, pratos de vasos de plantas, piscinas... esses são alguns dos termos muito utilizados em tempos de combate à Dengue. Todos nós sabemos que devemos cuidar da nossa casa, do nosso quintal, das nossas praças, porque senão, o mosquito Aedes Aegipty pode ser fatal.
Nessa grande luta, ainda não temos vencedores ou perdedores. Se por um lado a população, ou grande parte dela, faz sua parte, por outro lado, em tempos de chuva e calor, o mosquito se reproduz de maneira assustadora. Uma única fêmea pode dar origem a 1.500 mosquitos durante a sua vida. Sem falar que os ovos, uma vez depositados pela fêmea, conseguem sobreviver a até 450 dias sem água, aguardando o próximo período de chuvas para eclodir e dar vida aos mosquitos.
Mas de nada adianta a população se empenhar cada vez mais, pois os números assustam. As notificações em Itapetininga, chegaram a 214 até o momento. Já são 74 casos positivos confirmados. E ainda existem 71 casos aguardando confirmação. No Brasil, já são 224 mil pessoas infectadas somente neste ano.
Já existem projetos para desenvolver uma vacina contra a Dengue. Em novembro do ano passado foram divulgados os resultados da primeira pesquisa e os números são animadores. A vacina foi capaz de prevenir em média 60,8% dos casos de dengue e cerca de 95% dos casos graves.
Outra iniciativa é do Instituto Butantan e os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos. A ideia é que 300 pessoas sejam vacinadas. Até o momento 160 pessoas receberam a dose da vacina. A Fundação Oswaldo Cruz também trabalha na vacina, única no mundo, que combina estratégias de imunização numa mesma vacina. Os testes confirmam que ela foi eficaz nos dois tipos de Dengue.
Até o meio do ano devem ser vacinadas mais 140 pessoas. Após esta segunda fase, a USP pretende vacinar cerca de 15 mil pessoas. E quem tiver interesse pode se inscrever como voluntário para receber a dose da vacina na USP. O telefone é (11) 2661-3344, basta ligar e agendar uma triagem. De acordo com os pesquisadores a vacina deve estar disponível para a população em 2016.
E os números são preocupantes. Em janeiro de 2014, foram registrados 197 mil casos e 90 mortes. Segundo dados do Ministério da Saúde, somente em janeiro deste ano foram registrados mais de 40 mil casos.
Faça a sua parte para que estes números não aumentem mais a cada dia e, de repente, para que você não seja a próxima vítima.
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22 de março: Dia Mundial da Água
* Mônica Chirosa
A água é fonte da vida. Não importa quem somos, o que fazemos, onde vivemos, nós dependemos dela para viver. No entanto, por maior que seja a importância da água, as pessoas continuam poluindo os rios e suas nascentes, esquecendo o quanto ela é essencial para nossas vidas.
Todos os anos o Dia Mundial da Água traz um tema diferente. Em 2015, o tema é Água e Desenvolvimento Sustentável, que trata da relação da água com todas as áreas que devemos levar em conta para termos um futuro sustentável, como saúde, natureza, urbanização, indústria, energia, comida e igualdade.
A data foi instituída em 1992, na Conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, para lembrar a importância do benefício e incentivar o uso sustentável dos recursos hídricos do planeta. Desde então, as celebrações ao redor do mundo acontecem a partir de um tema anual, definido pela própria Organização, com o intuito de abordar os problemas relacionados aos recursos hídricos.
Entre os temas já escolhidos para a data estão: água e energia, cooperação pela água, água e segurança alimentar, águas de fronteiras, saneamento, água limpa para um mundo saudável, lidando com a escassez de água e água para as cidades: respondendo ao desafio urbano.
A ONU prevê que, em 2030, a população global vai necessitar de 35% a mais de alimento, 40% a mais de água e 50% a mais de energia. Atualmente, 768 milhões de pessoas não têm acesso à água tratada, 2,5 bilhões não melhoraram suas condições sanitárias e 1,3 bilhão não têm acesso à eletricidade, de acordo com a ONU. Ainda de acordo com o relatório, 75% de todo o consumo industrial de água é direcionado para a produção de energia elétrica.
Brasília (DF), que concorria com Copenhague (Dinamarca), foi eleita em fevereiro de 2014, durante a 51ª Reunião do Quadro de Governadores do Conselho Mundial da Água (WWC), em Gyeongju (Coreia do Sul), para sediar o Fórum Mundial da Água de 2018.
O fórum ocorre a cada três anos e é o maior evento do mundo com a temática dos recursos hídricos. A campanha brasileira apresentou o tema 'Compartilhando Água', para integrar os assuntos discutidos nas edições anteriores do evento, dando continuidade aos debates já realizados sobre os desafios do setor de recursos hídricos.
Em 2016, o tema da data pela água será Água e Empregos.
Cuidar da água e usá-la de forma sustentável é a grande preocupação da sociedade responsável. A proteção dos mananciais, a recuperação de rios poluídos, o exercício da educação ambiental, o uso consciente da água é necessário, tanto para a qualidade de vida hoje como para a sobrevivência das futuras gerações. 
Publicado no dia 28/3/2015 - Jornal Folha de Itapetininga.
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Lugar de Mulher é na Política...
* Mônica Chirosa
A lei que garante o direito da participação feminina nos cargos proporcionais – deputado federal, estadual e distrital e vereador, foi criada em 1997. Mas, somente em 2009, que essa participação passou a ser obrigatória. Um mínimo de 30% dos candidatos e o máximo de 70% para cada sexo.
Mas, a história mostra que nem sempre foi assim. Desde os combates épicos travados pelas mulheres para obterem o direito de voto aos esforços desenvolvidos hoje, em todo o mundo, para introduzir cotas que visam aumentar o número de representantes eleitas.
Sabem que a participação democrática é o principal meio que permite que os interesses das mulheres estejam representados e tenham uma legitimidade social e uma resposta política sustentável.
A luta de nossas avós por representação política vem de longa data. Foi um difícil processo, e muitas de suas reivindicações, hoje centenárias, ainda não foram atendidas. 
A história começa no século XIX. O período, repleto de importantes transformações no cotidiano da população, também foi marcado por intensas tentativas de participação das mulheres nas discussões em favor de melhorias na sociedade. Sua arma? A pena, a escrita. No momento em que emergiam movimentos sociais como o socialismo e o sufragismo (campanha pela universalização do direito de voto), elas não usaram apenas a voz, mas, sobretudo, as palavras como instrumento de luta. 
O número incrivelmente reduzido de mulheres que ocupam cargos públicos - atualmente, uma média mundial de 19% nas assembleias nacionais - constitui um défice a corrigir. A participação das mulheres em todos os níveis do governo democrático - local, nacional e regional - diversifica a natureza das assembleias democráticas e permite que o processo de tomada de decisões responda às necessidades dos cidadãos.
Em 1930, começou a tramitar no Senado o projeto que garantiria o direito de voto às mulheres, mas com a revolução as atividades parlamentares foram suspensas. Depois da vitória das forças democráticas, foi nomeado um grupo de juristas encarregado de elaborar o novo código eleitoral. Entre eles estava Bertha Lutz, formada então em direito também. A Revolução Constitucionalista atrasou mais uma vez a aprovação do projeto. Só em fevereiro de 1932, Getúlio Vargas assinou o tão esperado direito de voto. Bertha elegeu-se deputada federal em 1936 e teve uma carreira política nacional e internacional brilhante.
No final da década de 1940, outra organização nascia: a Federação das Mulheres do Brasil, guarda-chuva para militantes feministas de várias tendências de esquerda com forte influência do Partido Comunista Brasileiro (PCB). As principais preocupações? Luta contra a carestia, pela paz mundial e a proteção à infância. Em 1953, como resultado dessa mobilização, foi realizada a Passeata da Panela Vazia. Durante a Greve dos 300 Mil, que paralisou São Paulo, as militantes ocuparam espaços e instalaram departamentos femininos nos sindicatos. Em decorrência dessas ações nasceu a Superintendência Nacional do Abastecimento, dando amplos poderes às autoridades públicas para defender os interesses da população.
Depois dessa bela caminhada, capitaneada por mulheres corajosas e idealistas, o que temos hoje? O feminismo contemporâneo multiplicou-se em mais de mil grupos espalhados pelo país atuando em diferentes setores por meio de ONGs, rádios, universidades, projetos educativos e de saúde. Em plena democracia, não há mais obstáculos para a representação de mulheres no Congresso. 
Pode-se dizer que, se alguém conquistou plena igualdade política, foram as brasileiras. Elas fazem campanhas e são eleitas, sem as perseguições movidas no passado como, por exemplo, a que atingiu Bertha Lutz, acusada de fraude eleitoral. E a igualdade com os políticos é absoluta: elas têm isonomia no horário político eleitoral e não encontram barreiras para o financiamento de suas campanhas. 
A história já demonstrou que só a diferença sexual não basta, já que todos, homens e mulheres, devem lutar pelo mesmo objetivo: o progresso do Brasil.
Publicado no dia 21/3/2015 - Jornal Folha de Itapetininga.
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Sexta-feira 13 é dia de sorte ou azar? 
* Mônica Chirosa
Sexta-feira 13 é uma sexta de qualquer mês, em qualquer ano, popularmente conhecido como um dia de azar. A Sexta-feira 13 ocorre sempre que o dia 1º de um mês cai em um domingo.
A superstição foi relatada em diversas culturas remontadas muito antes de Cristo. O número 13 tem sido mal interpretado desde há muito tempo.
Em algumas culturas ele pode ter sido considerado número de sorte. Não há nenhuma evidência de que o 13 tenha sido considerado um número de azar pelas culturas antigas. Pelo contrário, muitos povos o consideravam um número sagrado. Para os egípcios, a vida era composta por 12 diferentes estágios para que o ser humano alcance o 13º, que era a vida eterna. Dessa forma, o número 13 foi assimilado com a morte, mas não com uma conotação negativa, e sim como uma gloriosa transformação. Essa ligação com a morte permaneceu e foi distorcida por outras culturas que nutriam o medo da morte e não a viam como algo presente no destino de qualquer vida.
Na numerologia, o número 12 representa algo completo (12 meses no ano, 12apóstolos de Cristo, 12 deuses do Olimpo, 12 tribos de Israel, 12 horas no relógio), enquanto o 13 é uma transgressão a essa plenitude.
O calendário antigo representava o calendário lunar, possuindo 13 meses de 28 dias. Mas este número foi completamente renegado pelos sacerdotes das primeiras religiões patriarcais por representar o feminino nas culturas pré-históricas, já que refletia o ciclo menstrual das mulheres. Foi, então, alterado pelo Papa Gregório XIII para 12 meses, evitando que se continuasse cultuando a mulher como sagrada.
A evidência de que as culturas primitivas reverenciavam o 13 pode ser constatada por meio de vários vestígios arqueológicos, como a Vênus de Laussel, uma estatueta com mais de 27 mil anos encontrada na França, que carrega em suas mãos um chifre em forma de crescente lunar com 13 chanfros.
Recorde-se ainda que na Santa Ceia sentaram-se à mesa treze pessoas, sendo que duas delas, Jesus e Judas Iscariotes, apesar do último não ter participado de toda a celebração, morreram em seguida, por mortes trágicas. Jesus executado no madeiro e Judas por suicídio. O número 13 costumava ser considerado uma ligação com Deus, daí a quantidade de membros presentes na Santa Ceia.
Mas, superstições de lado, em algumas culturas, o número 13 não é sinal de azar, mas de sorte. Como por exemplo, Em Portugal, muitas cidades e vilas celebram a Sexta-feira 13. A maior festa acontece no castelo de Montalegre, Trás-os-Montes. Em Montalegre, todas as sextas-feiras 13 há uma grande festa, onde não faltam as bruxas, os bruxos, feitiços, teatro e a famosa queimada. No judaísmo, 13 é a idade de maturidade para os meninos. E de acordo com a numerologia, as pessoas nascidas em um dia 13 são capazes de transformar radicalmente as suas vidas e o ambiente onde vivem. Se você tem medo desta data, prepare-se. Nos próximos 15 anos teremos 32 sextas-feiras 13.
Publicado no dia 14/3/2015 - Jornal Folha de Itapetininga.
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Umas obras estão inacabadas e mesmo assim outras obras já vão começar...
* Mônica Chirosa
Como itapetiningana nata que sou, amo muito a minha cidade. Porém, muitos acontecimentos que tem havido ultimamente, tem nos deixado insatisfeitos. São obras e mais obras... Obras que não terminam e, mesmo assim, outras já estão na ponta do gatilho para terem início.
Um belo exemplo é o ginásio de esportes do centro da cidade, Mário Carlos, que se encontra fechado para reforma há mais de dois anos. Uma lacuna insubstituível para os atletas da cidade, que não tem onde treinar. Mas, ainda existem os alunos da EMEF Zarife Yared, que realizavam as aulas de Educação Física naquele espaço.
Como se nada estivesse acontecendo, me deparo com a notícia no Semanário Oficial que será aberta a Tomada de Preços para início da reforma do Ginásio de Esportes Ayrton Senna, na vila Barth. Mas, como assim? Quer dizer que não haverá nenhum ginásio disponível para atletas na cidade enquanto as reformas não terminarem?
Tem ainda o Centro de Lazer e Recreação na vila Regina, que se encontra completamente abandonado; os brinquedos estão quebrados e enferrujados; o mato alto tomou conta do local. E as crianças continuam sem uma área de lazer naquela região da cidade.
Outro exemplo clássico é o prédio do Centro Cultural e Histórico, que fica no Largo dos Amores. Aliás, a praça foi revitalizada, reinaugurada e o prédio continua lá, sem indícios de reforma ou Abertura de Tomada de Preços. Até os tapumes que estavam instalados em torno do Centro Cultural foram retirados. Sinal de que as obras estão mesmo paralisadas.
E o que dizer da rua Pedro Voss, que há mais de quatro meses encontra-se intransitável. No local é possível ver máquinas, mas a obra não tem previsão para término. Enquanto isso, moradores do Jardim Fogaça e adjacências são obrigados a dividir espaço com os usuários da vila Nova Itapetininga e proximidades, na única entrada que lhes restou para chegar em casa, a rotatória da avenida Sarutayá. O congestionamento em horários de pico neste local já pode ser comparado ao dos grandes centros urbanos.
Isso sem contar a Marginal dos Cavalos, que há tempos precisa de reforma e manutenção. Já foi divulgado pela imprensa que o Governo do Estado concedeu verba para a obra na Marginal dos Cavalos, mas com as chuvas dos últimos dias, os buracos e os problemas como mato alto invadindo a calçada tem se multiplicado diariamente. E as obras nem começaram.
A zona rural também tem sofrido bastante com a demora para o início e o término das obras nas estradas, que são de suma importância para os produtores rurais e para os alunos que utilizam as estradas para irem à escola.  Agora é aguardar, para saber onde a próxima obra será anunciada.
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Ano Novo chegando... É hora de escrever uma nova história...
* Mônica Chirosa
O ano de 2014 chegou ao fim. Com ele ficam para trás muitos sonhos não realizados, muitas promessas não cumpridas, enfim, nem tudo o que se planejou no início do ano, conseguimos cumprir. Porém, o mais importante é que um novo ano se inicia. E com ele muitos outros sonhos, promessas e planos para serem realizados.
Este foi um ano muito agitado aqui no Brasil já que recebemos o maior campeonato mundial de futebol, a Copa do Mundo. Infelizmente, a taça não ficou por aqui, mas demos um verdadeiro show de bola no que diz respeito à hospedagem, transporte, alimentação, lazer e segurança. Logo em seguida, tivemos antes da eleição presidencial, a morte de um dos candidatos Eduardo Campos, que modificou o cenário da disputa. Além disso, as eleições mobilizaram todas as classes sociais para eleger não só o presidente, mas também os novos governadores, senadores e deputados.
Mas, não foi só de vitórias e derrotas que 2014 viveu. Perdemos grandes ícones da música, do cinema e da televisão, como os atores Robert Willians; Paulo Goulart; José Wilker; Fausto Fanti; Hugo Carvana; Marly Marley; Roberto Bolãnos, o Chaves; a vidente mãe Dináh; o escritor João Ubaldo; os cantores Nelson Ned e Jair Rodrigues.
Foi também o ano da maior seca dos últimos 70 anos. Falta de chuvas e de planejamento deixaram o estado mais rico do país com as represas secas. Centenas de municípios, além da capital, ficaram com as torneiras sem água. Foi somente no final da Primavera que a chuva chegou. E chegou provocando muitas inundações, alagamentos e desmoronamentos.
Ainda paira pelo ar aquele velho e conhecido cheiro de pizza, com a impunidade dos envolvidos no mensalão. Mas, muitos outros golpes e falcatruas foram descobertas este ano, como a corrupção na Petrobrás e fraudes no ENEM e em vestibulares de diversas universidades do país.
Para fechar o ano com chave de ouro, Gabriel Medina garantiu o título de campeão mundial do Surf, numa competição no Havaí, onde mostrou muita garra, esforço e competência.
E que assim seja 2015, cheio de sonhos, metas e desejos que possam ser realizados. Afinal de contas, teremos 365 dias em branco, para escrevermos a história que desejarmos. Que você tenha 2015 motivos para ser feliz neste ano que se inicia, pois a fórmula é simples:
+ amor : alegrias – tristezas e x solidariedade = FELICIDADE
 (mais amor, dividir alegrias, menos tristezas e multiplicar a solidariedade)
Publicado no dia 27/12/2014 - Jornal Folha de Itapetininga.
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Família + Amigos + Solidariedade = NATAL
* Mônica Chirosa
Vitrines de lojas iluminadas, casas enfeitadas, músicas natalinas pelo ar e Papai Noel pelas ruas. O clima já é de Natal. Lojas lotadas, pessoas carregam várias sacolas com presentes. Crianças se encantam com Papai Noel e já sonham com seus presentes. É hora de lembrar dos amigos, encontrar velhos conhecidos, aqueles que moram fora e visitam a cidade nesta época do ano.
O Natal é uma data em que comemoramos o nascimento de Jesus Cristo. Na antiguidade, o Natal era comemorado em várias datas diferentes, pois não se sabia com exatidão a data do nascimento de Jesus. Foi somente no século IV que 25 de dezembro foi estabelecida como data oficial de comemoração. Na Roma Antiga, 25 de dezembro era a data em que os romanos comemoravam o início do inverno. Portanto, acredita-se que exista uma relação deste fato com a oficialização da comemoração do Natal.
As antigas comemorações de Natal costumavam durar até 12 dias, pois este foi o tempo que levou para os três reis Magos chegarem até a cidade de Belém e entregarem os presentes (ouro, mirra e incenso) ao menino Jesus. Atualmente, as pessoas costumam montar as árvores e outras decorações natalinas no começo de dezembro e desmontá-las até 12 dias após o Natal. Do ponto de vista cronológico, o Natal é uma data de grande importância para o Ocidente, pois marca o ano 1 da nossa História.
Nossa cidade ficou mais bonita. A prefeitura colocou árvores gigantes de natal em locais estratégicos da cidade. A decoração ficou maravilhosa, pois durante o dia, as bolas vermelhas brilham com a luz do sol, e à noite, elas praticamente somem, e só se destacam as centenas de luzes pisca-pisca. As árvores estão instaladas na Avenida Peixoto Gomide, na Marginal do Chá (rotatória vila Barth), rotatória Marginal Chá (Darcy Vieira) e rotatória da avenida Cyro Albuquerque.
A Associação Comercial preparou uma extensa programação do Natal Encantado, que vai até 23 de dezembro. São apresentações de corais e Banda Municipal entoando canções natalinas.
Mas, muita gente fica triste nesta época do ano, justamente porque as recordações de muitos natais com familiares que já não estão mais conosco, são muito fortes. Ao contrário deveriam ficar alegres por terem vivido momentos tão felizes ao lado de pessoas amadas. Por outro lado, existem hoje em dia ainda pessoas que nunca tiveram a chance de viver um Natal Encantando, Iluminado, enfim, feliz. Então fica a dica para aqueles que não tem mais natais com os seus, que possam proporcionar alegria a alguma instituição, entidade ou comunidade do bairro onde mora. Eu vivi uma experiência assim. Na noite do dia 24 de dezembro, trabalhava como assessora de imprensa no Corpo de Bombeiros Voluntários. Fomos com as viatura, um voluntário caracterizado de Papai Noel e distribuímos doces e cestas básicas as famílias que moravam em torno do antigo Lixão. Foi um Natal gratificante e inesquecível, como nenhum outro natal da minha vida.
Porém, o mais importante nesta época do ano é que além de confraternizações, haja também muita paz, solidariedade e compaixão com os mais necessitados. Esta é a verdadeira mensagem que Jesus nos deixou. Então, nada mais justo que o Seu aniversário seja comemorado e que o Aniversariante seja presenteado com milhões de atitudes positivas, de partilhas e de paz, muita paz. Feliz Natal para você e toda a sua família!
Publicado no dia 20/12/2014 - Jornal Folha de Itapetininga.
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Hoje tem marmelada? Tem sim senhor!
* Mônica Chirosa
Quem não se lembra desses bordões? E quem não os associa ao circo. Doces lembranças que invadem nossos pensamentos. É aquela tradicional corrida pelo túnel do tempo, na época de infância. Lonas erguidas, picadeiro, arquibancada, trapezistas, palhaços, muita luz, alegria e cheiro de pipoca no ar. Este é o cenário do circo, que até hoje faz a cabeça de baixinhos e altinhos...
O circo é uma expressão artística, parte da cultura popular, que visa a diversão e o entretenimento dos espectadores. Há referências sobre o circo desde a antiguidade. Durante o Império Romano, por exemplo, grupos de pessoas ganhavam a vida fazendo apresentações na rua, nas casas de famílias nobres ou até mesmo em arenas destinadas às apresentações (anfiteatros).
Na Idade Média, grupos de malabaristas, artistas de teatro e bufões (comediantes) viajavam pelas cidades da Europa com suas apresentações.
Porém, foi somente em 1769 que o circo ganhou o formato que temos atualmente. Neste ano, o inglês Philip Astley organizou as apresentações circenses, destinando também uma tenda de lona para as apresentações. Estas seriam itinerantes (com mudança constante do local de apresentação).
Embora enfrentem um período de crise na atualidade, os circos ainda fazem sucesso, principalmente nas reuniões do interior do Brasil. As apresentações contam com palhaços, shows musicais, malabaristas, mágicos e trapezistas.
Os palhaços brasileiros que fizeram mais sucesso nos circos brasileiros foram: Carequinha, Arrelia, Torresmo e Piolin. Em Itapetininga todos conhecem o Palhaço Goiabada, que leva muita alegria e diversão às festas, reuniões e atividades escolares.
Quem quiser viver um pouco desse mundo mágico do circo pode aproveitar a curta temporada do Circo dos Sonhos, com o ator Marcos Frota. Uma incrível e interessante história no mundo dos sonhos. Uma mistura de teatro, dança e artes circenses, com muita alegria e diversão com os palhaços, mágicos, equilibristas, malabaristas, contorcionistas e muito mais. Uma ótima pedida. 
Publicado no dia 13/12/2014 - Jornal Folha de Itapetininga.
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Após 10 anos, Lei da Acessibilidade não é cumprida
* Mônica Chirosa
Quem tem algum tipo de deficiência ou problemas de locomoção enfrenta vários desafios quando precisa sair às ruas. Sejam cadeirantes, com muletas, sem visão ou qualquer outro tipo de dificuldade, o simples fato de ir e vir é um verdadeiro dilema. No Brasil, o número de pessoas com deficiência chega a 25 milhões.
Desde a última quarta-feira, dia 3 de dezembro, todos os transportes coletivos do país deveriam oferecer total acessibilidade aos seus usuários. As empresas tiveram 10 anos para se adaptar, mas pelos quatro cantos do país podem-se perceber os flagrantes das dificuldades enfrentadas pelos deficientes.
É importante ressaltar que no dia 3 de dezembro é comemorado o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Desde o ano de 1998, a data foi promovida pelas Nações Unidas com o objetivo de mobilizar a sociedade com assuntos ligados à deficiência.
Mas, não é só no transporte que essas pessoas enfrentam dificuldades. Nas ruas, comércios, escolas, empresas, órgãos públicos, enfim, em todos os setores é possível encontrar obstáculos ou empecilhos para essas pessoas. Para participar do mercado de trabalho, frequentar escolas, ter acesso a serviços de saúde e transporte coletivo adequado, essas pessoas dispõem de um conjunto de leis.
Dentre essas leis, destaca-se a lei de cotas, em concursos públicos e universidades, e também em empresas privadas. A lei garante uma cota para os deficientes, mas quase nunca essa cota é cumprida. E existe ainda o problema das vagas reservadas para deficientes. Com a desculpa de que é só por um minuto, pessoas sem qualquer deficiência física a utilizam na maior cara de pau.
O prazo para as empresas de ônibus interestaduais e internacionais se adaptar é até janeiro de 2015. De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres, metade da frota já está adaptada.
Para marcar o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, comemorado em 3 de dezembro, está acontecendo a 5ª edição da Virada Inclusiva. São 63 cidades do estado que desenvolvem 750 atividades em ruas, praças, parques, museus e teatros. A estimativa dos organizadores é que reúna mais de 30 mil pessoas em todo o Estado de São Paulo.
Mas, todas essas ações de nada valem se não servirem pelo menos para conscientizar as pessoas, sobre a importância não só de cumprir a lei, mas de respeitar como cidadão, como ser humano que é a pessoa com deficiência.
Na verdade, a deficiência limita apenas uma parte das atividades que podem ser desenvolvidas por essas pessoas. Muitas histórias de superação são divulgadas, a todo momento, pela mídia. Considero "Deficiente" aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
Publicado no dia 6/12/2014 - Jornal Folha de Itapetininga.
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Mulheres continuam sofrendo violência, mesmo após Lei Maria da Penha
* Mônica Chirosa
Desde que o mundo é mundo as mulheres sempre sofreram algum tipo de discriminação. Não podiam votar, não podiam trabalhar fora de casa, não podiam estudar, não podiam usar calça comprida, enfim, essa é a história aqui no Brasil. Mas, em pleno século XXI, em alguns países a cultura ou a religião proíbem mulheres de mostrarem o corpo e até o rosto publicamente.
E hoje em dia, com a banalização sexual, a mulher tem sido cada vez mais, alvo de assédio verbal, sexual e até de violência. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), 7 em cada 10 mulheres no mundo já foram ou serão violentadas em algum momento da vida. O nome dessa violência contra a mulher é chamada de Feminicídio.
Desde 1981 o movimento feminista comemora em 25 de novembro o Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher.
Neste ano, a ONU Mulheres, organização das Nações Unidas dedicada à igualdade de gênero, iluminará o prédio da entidade em Brasília e também a sede principal, em Nova York, com a cor laranja. A iluminação é uma das atividades que serão promovidas de 25 de novembro até 10 de dezembro, que é o Dia Internacional dos Direitos Humanos, no âmbito dos chamados 16 Dias de Ativismo Contra a Violência de Gênero.
Mesmo com a lei Maria da Penha os índices tem aumentado nos últimos anos. A Secretaria de Segurança aponta que a cada 12 minutos é registrada uma ocorrência de violência contra mulher no interior de São Paulo. Aqui em Itapetininga, somente em janeiro deste ano foram registrados 143 casos de violência contra a mulher, em janeiro de 2013, foram 128 casos. 
Itapetininga também participa da Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher. Palestras estão sendo ministradas de 25 de novembro até 10 de dezembro, nas Unidades Escolares Municipais, com a participação da comunidade. A advogada Patrícia Wey falará sobre os aspectos legais da Lei Maria da Penha e sobre a rede de proteção na garantia dos direitos.
Um dos caminhos para denunciar as agressões sofridas em casa é a delegacia, mas em Itapetininga as vítimas também contam com uma rede que presta assistência as mulheres, principalmente, para as que estão em situação de risco, o Centro de Referência Especializada de Assistência Social (Creas). A unidade fica na fica na rua João Evangelista, 416, no Centro. Mas, existem também a Vigilância Epidemiológica, a Delegacia de Defesa da Mulher, o Ministério Público e o Poder Judiciário nesta luta incessante. O telefone gratuito para denúncias é 180.
Estima-se que mais da metade das mulheres agredidas sofram caladas e não pediram ajuda. A vergonha, dependência emocional ou financeira do agressor são alguns dos principais motivos para este silêncio. Para finalizar, deixo aqui uma frase de um autor desconhecido: "Todos os dias Deus nos dá um momento em que é possível mudar tudo que nos deixa infelizes. O instante mágico é o momento em que um "sim" ou um "não" pode mudar toda a nossa existência".
Publicado no dia 29/11/2014 - Jornal Folha de Itapetininga.
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Dengue: "O perigo aumentou. E a responsabilidade de todos também"
* Mônica Chirosa
Neste ano o Ministério da Saúde intensifica a campanha contra a Dengue. Com o slogan “O perigo aumentou. E a responsabilidade de todos também”. Na verdade, a campanha serve para chamar a atenção sobre a importância da prevenção ao mosquito transmissor das duas doenças: dengue Hemorrágica e Dengue Clássica.
E os dados são assustadores, segundo o Ministério da Saúde cerca de 135 cidades estão em situação de risco para a ocorrência de epidemias devido à infestação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
O número anterior, divulgado no dia 7 de novembro, era de 125 municípios. De acordo com a pasta, nessas cidades foram encontradas larvas do mosquito em mais de 3,9% das casas visitadas.
As informações integram o Levantamento Rápido do Índice de Infestação de Aedes Aegypti (LIRAa), feito em outubro, que analisou a existência de locais com larvas em 1.737 cidades. Seu objetivo é apontar as regiões com maior risco de transmissão das doenças.
Municípios como Sorocaba, Bauru, Campinas intensificam as campanhas para conscientizar a população dos perigos da doença.
O número de casos de dengue em Arujá neste ano é dez vezes maior do que o registrado nos 12 meses do ano passado. Em 2013, segundo a Prefeitura de Arujá, foram 15 casos, contra 150 neste ano, registrados até agora.
Aqui em Itapetininga, até o mês de julho deste ano, foram registrados 11 casos da doença e 86 notificações de suspeita, mas 70 delas foram descartadas. Neste mês o município de Conchas entrou em estado de alerta, havendo possibilidade de proliferação da Dengue. Após o Departamento de Saúde Municipal realizar um levantamento foi constatado que em 3% dos imóveis da cidade há larvas do mosquito da Dengue. A cidade conta com 12 pessoas infectadas neste ano.
Com a chegada do verão, as chuvas também serão muito bem vindas, após tanta seca que passamos. Mas, nunca é demais pedir que todos tomem conta do seu espaço, da sua casa, do seu imóvel ou mesmo terreno que está vazio, sem utilização. O mosquito não escolhe casa vazia de pessoas, mas escolhe a casa cheia de possíveis criadouros.
Publicado no dia 22/11/2014 - Jornal Folha de Itapetininga.
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Mas que país é este???
* Mônica Chirosa
Casos como o da agente de trânsito do Rio de Janeiro que trabalhava na Operação Lei Seca em 2011 e flagrou um juiz dirigindo o veículo sem as placas de identificação e sem a CNH, estão se tornando corriqueiros no Brasil. O juiz deu voz de prisão à agente, mas ela não obedeceu e continuou seu serviço. Inconformado quando foi autuado, logo após ele abriu um processo criminal contra a agente. Em outubro deste ano saiu a condenação para a agente de trânsito. Ela foi condenada a pagar uma multa de R$ 5 mil. Houve apelação da decisão, mas o Tribunal de Justiça manteve a condenação, alegando que a agente faltou com respeito não só ao juiz, mas a toda a classe quando disse que “o juiz não era Deus”, e também ao não acatar a voz de prisão dada pelo juiz.
Porém, o que ninguém comenta é que esse mesmo juiz, João Carlos de Souza Correa, já havia se envolvido em outro flagrante no trânsito. Foi em 2009, quando ele foi abordado por um policial rodoviário em Rio Bonito (RJ), porque além do excesso de velocidade ele ainda trazia no teto do carro uma luz giroflex, dessas utilizadas em carros oficiais de polícia, bombeiro ou ambulância, o que é proibido por lei. Mesmo estando errado, na ocasião, ele também deu voz de prisão ao policial além de ameaçá-lo inclusive de perder o emprego, por estar autuando uma autoridade.
Com a grande repercussão que o caso teve nas mídias, jornais, e TV, a população, inconformada com a decisão, deu início a uma arrecadação, através das redes sociais, que serve como canal de comunicação do povo, para arrecadar o valor da multa, ou seja, R$ 5 mil. Porém, com a enorme repercussão que o caso teve, a arrecadação ultrapassou R$ 40 mil. A agente, Luciana Silva Tamburini vai doar esse dinheiro a vítimas de acidentes de trânsito.
Mas, a volta por cima ainda está acontecendo, já que a agente de trânsito prestou concurso na Polícia Federal e por conta da sua ótima pontuação,  tinha opção de escolhas. Optou por Oiapoque, no Amapá. A localização de fronteira com a Guiana Francesa pesou na decisão pelo município no extremo Norte brasileiro. Apesar de atravessar o Brasil para morar em outro estado, a agente não avalia como um recomeço. Ela diz que pretende continuar com o trabalho realizado no Departamento de Trânsito do Rio de Janeiro. Para Luciana, a tentativa da chamada ‘carteirada’ também deverá ser enfrentada em demais regiões do país.

Mas que país é este? O Brasil que temos está muito distante do Brasil que queremos. Porém, se cada um fizer a sua parte, seja no trânsito, seja no trabalho ou em casa, com certeza o mundo será bem melhor. A fórmula é simples, TODOS, sem exceção, devem cumprir os seus deveres e usufruir dos seus direitos.
Publicado no dia 15/11/2014 - Jornal Folha de Itapetininga.
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Para salvar vidas, governo endurece leis de trânsito 

* Mônica Chirosa
Falta de atenção, desrespeito às placas e faixas, falar ao celular, excesso de velocidade e dirigir embriagado são apenas alguns dos flagrantes praticados diariamente por motoristas irresponsáveis. Isso sem contar dos perigos nas estradas, como a ultrapassagem em local proibido, que tira a vida de muitas pessoas.
De olho nestes absurdos, entrou em vigor desde o último sábado, dia 1º de novembro, o aperto mais significativo da legislação brasileira de trânsito desde a adoção da Lei Seca, em 2008. Quem for flagrado disputando racha terá de pagar 1.915,40 reais. Se as disputas deixarem mortos ou feridos, a punição poderá chegar a 10 anos de prisão. Já para ultrapassagem em local proibido ou pelo acostamento, o valor passa a ser de 957,70 reais; e, em caso de reincidência, os valores serão dobrados.
Das onze alterações feitas pelo Congresso e sancionadas pela presidente Dilma Rousseff neste ano, seis se referem à mudança no valor das multas – quatro delas envolvendo ultrapassagens perigosas pelo acostamento, entre veículos, invadindo outro sentido ou pela direita. Essas infrações respondem por 11% (359.431) das mais de 3 milhões de multas aplicadas em 2013 pela Polícia Rodoviária Federal em todo o país.
Para se ter ideia, a cada hora 41 pessoas são flagradas em uma dessas situações nas rodovias federais do país, conforme a Polícia Rodoviária. Somente em São Paulo, houve 91.825 notificações do gênero em estradas estaduais, entre janeiro e setembro deste ano. Tudo indica que o número está em crescimento: foram 97.961 no ano passado - onze por hora.
Segundo dados do Mapa da Violência de 2014, mais de 46.000 pessoas morreram em decorrência de acidentes nas estradas do Brasil, registrados em 2012, principalmente por ultrapassagem em local proibido, que é responsável pelos acidentes com colisões frontais mais graves, quase sempre com vítimas. O número é 38,3% maior do que há dez anos.
De janeiro a setembro de 2014, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou 5.042 acidentes deste tipo. Isso equivale a 3,99% do total de acidentes no período, mas esse é o tipo mais letal. Segundo levantamento da polícia, as colisões frontais deixaram 2.067 vítimas fatais nos 9 primeiros meses do ano, ou 33,5% do total de mortes nas estradas. O número de mortos em batidas de frente no período subiu 5,5% em relação ao ano passado. Colisões traseiras lideram em número de acidentes entre janeiro e setembro (37 mil), mas o as mortes causadas por elas equivalem a um quarto do número dos que morreram por causa de colisões frontais.
Houve alteração ainda nas multas para quem se envolver em racha ou promover disputas, passando de 547,62 e 957,70 reais, respectivamente, para de 1.915,40 reais. O valor ainda dobra em caso de reincidência. Em caso de lesão corporal grave durante essa infração, passa-se a prever reclusão de 3 a 6 anos; em caso de morte, a punição mínima será de 5 anos e a máxima, de 10 anos.
Há ainda na nova legislação um complemento à Lei Seca. A jurisprudência nos tribunais já permitia a condenação de quem fosse flagrado dirigindo sob efeito de álcool com pena de 6 meses a 3 anos. Mas a forma de comprovação passa a incluir agora, exames toxicológicos. Anteriormente, a lei já havia sido alterada para permitir o uso de testemunhos e vídeos.

Mas, o que falta mesmo é consciência dos motoristas, de que a sua segurança e também dos outros está, literalmente, nas suas mãos.

Publicado no dia 8/11/2014 - Jornal Folha de Itapetininga.
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Itapetininga completa 244 anos com muitas conquistas


* Mônica Chirosa
Como muitos municípios do interior, Itapetininga nasceu do pouso de tropeiros. Era rota dos cavaleiros que seguiam do sul do país rumo à capital paulista. Berço de muitos personagens ilustres como os políticos Venâncio Ayres e Júlio Prestes; o poeta Nhô Bentico; o compositor Teddy Vieira; a primeira aviadora do Brasil, Anésia Pinheiro Machado, entre outros.
Além disso, outras personalidades surgiram ao longo do tempo como é o caso do poeta do Monte Santo, Edison de Abreu; o músico, compositor e escritor Bob Vieira; o músico Rafael Altério, um dos compositores da música de abertura da novela global das seis, Flor do Caribe; grupos teatrais e musicais que tem mostrado o talento itapetiningano ao mundo.
Itapetininga é o 3º maior município em extensão territorial do Estado de São Paulo. Itapetininga é sede da Região de Governo, composta por mais doze municípios: Alambari, Angatuba, Boituva, Campina do Monte Alegre, Capela do Alto, Cerquilho, Cesário Lange, Guareí, Quadra, São Miguel Arcanjo, Sarapuí e Tatuí, que possuem juntos 480.453 habitantes (SEADE 2013).
Itapetininga está localizada na bacia do Alto-Paranapanema, região sudoeste do estado de São Paulo, além disso, está sobre o Aquífero Guarani, maior reserva subterrânea de água potável do planeta.
O principal rio do município é o Rio Itapetininga, que nasce nas proximidades de Araçoiaba da Serra, corre na direção leste-oeste e é afluente do Rio Paranapanema, percorrendo 78,5 km dentro do município.
Conhecida como a Terra das Escolas, hoje existem 26 escolas estaduais de Ensino Fundamental e Médio; 84 escolas municipais, de Ensino Infantil e Fundamental, as ETECs, que oferecem cursos técnicos, além de faculdades particulares e Universidades Públicas, como é o caso do Instituto Federal, Universidade Aberta do Brasil e a Fatec.
São mais de 44 mil alunos que frequentam as escolas municipais, estaduais e particulares no município. Tudo isso faz jus ao seu codinome Terra das Escolas. Em julho deste ano, alunos do SESI disputaram no Canadá o torneio de robótica, conquistando o segundo lugar.
No dia 5 de novembro, a cidade completa 244 anos de emancipação político-administrativa e a data não poderia passar em branco. Às 8h haverá hasteamento das bandeiras em frente à Escola Estadual Peixoto Gomide. A partir das 9h terá início o desfile cívico, com a participação de alunos e corporações militares e grupos civis da cidade.
A partir das 14h haverá show gratuito para a população, no Horto Religioso, com mais de vinte atrações. O Largo dos Amores, que foi recentemente revitalizado, também deve receber um grande número de visitantes, para apreciar a fonte, os bancos e tudo de bom que a histórica praça tem a oferecer.
Parabéns Itapetininga! Muitos e muitos anos de história...
Publicado no dia 1/11/2014 - Jornal Folha de Itapetininga.
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Diretas Já: um sonho que se tornou realidade
* Mônica Chirosa
Entre 1889 e 1930, época denominada de República Velha ou Primeira República, a eleição era caracterizada pela baixa participação popular, somente 3 a 6% da população masculina é quem tinha direito ao voto. Também era dominada por partidos estaduais, com o predomínio dos Partidos Republicanos Paulista (PRP) e Mineiro (PRM).
As eleições para Presidente e Vice-Presidente eram feitas separadamente, e em poucas ocasiões as eleições eram competitivas e representavam divergências entre os estados. Nesta época o voto não era secreto, podendo o eleitor declarar para a Mesa Receptora o nome do candidato, sendo registrado ou não.
O primeiro presidente eleito no Brasil foi Manuel Deodoro da Fonseca, com 129 votos, ou 55,61%, no ano de 1891. Até 1930 foram eleitos 12 presidentes, sendo que o último foi o itapetiningano Júlio Prestes, com 1.091.709 votos, ou seja, 59,39%. Mas, Júlio Prestes não tomou posse, pois seu rival, Getúlio Vargas, que perdeu as eleições com pouco mais de 740 mil votos, deu um golpe e tomou o poder.
Em 1934 teve início a Era Vargas, que o manteve no poder até 1945, quando em 1946 foi elaborada democraticamente a primeira constituição Federal. As eleições eram diretas e secretas.
Na eleição de 1946, Getúlio Vargas foi eleito novamente, com 3.849.040 votos, ou 48,7%. A eleição foi realizada pelo Congresso Nacional.
Até 1964, foi mantida a República nova. As eleições, no período do regime militar foram realizadas pelo Congresso Nacional, dominado pela ARENA (Aliança Renovadora Nacional), no bipartidarismo (o MDB – Movimento Democrático Brasileiro) permaneceu oposicionista em todo o período, ou por um Colégio Eleitoral, a partir de 1974, formado pelos membros do Congresso Nacional, e delegados das Assembleias Legislativas. A partir de 1966, o vice-presidente foi eleito em chapa conjunta com o candidato a presidente.
Em 1985 foi eleito através das eleições indiretas Tancredo Neves, quando um grande movimento popular tomou conta das ruas, intitulado: Diretas Já. O primeiro presidente eleito pelo voto popular foi Fernando Collor, que teve mais de 20 milhões de votos, ou seja, 30,57% dos votos válidos, no primeiro turno e 35.089.998 votos, ou 53,04% no segundo turno.
Com o restabelecimento da democracia, e a promulgação da Constituição de 1988, as eleições tornaram-se diretas, e realizadas em dois turnos, caso nenhum dos candidatos não tenha a maioria absoluta dos votos válidos. O vice-presidente é eleito em chapa conjunta com o candidato a presidente, podendo ser de legendas partidárias diversas.
Porém, o mais importante é que os eleitores tenham consciência da história política do país e que utilizem corretamente este direito que por tantos e tantos anos, ficou excluído à grande maioria da população, como mulheres, pobres e negros. Hoje todos têm direito ao voto. Inclusive jovens a partir dos 16 anos, se quiserem, também podem participar do maior ato democrático do país: a eleição direta para presidente.

Publicado no dia 25/10/2014 - Jornal Folha de Itapetininga.
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Outubro Rosa: a campanha que salva vidas
* Mônica Chirosa
Conhecida em todo o mundo a Campanha Outubro Rosa é comemorado das mais diversas formas. Muitos monumentos e prédios públicos ganham a tonalidade rosa, graças às luzes cor de rosa, colocadas nestes locais. O Cristo Redentor, no Rio de Janeiro; a Câmara Municipal e muitos outros locais de São Paulo; o planalto central, em Brasília, enfim, por todos os cantos do Brasil, a cor predominante neste mês é o rosa.
Esta campanha teve inicio nos Estados Unidos, em 1997 e, posteriormente, com a aprovação do Congresso Americano, o mês de Outubro tornou-se o mês nacional (americano) de prevenção do câncer de mama.
Em outubro de 2009, se multiplicaram as ações relativas ao Outubro Rosa em todas as partes do Brasil e, em 2010, o governo brasileiro, por meio do INCA (que integra a Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde), passou a fazer parte da mobilização. Nos últimos anos, o Instituto realizou eventos sobre câncer de mama com a participação da sociedade civil, além de produzir e distribuir materiais informativos com recomendações para a população e profissionais de saúde.
O câncer da mama é o que mais acomete as mulheres em todo o mundo. Em 2013, esperavam-se, para o Brasil, 52.680 novos casos da doença, com risco estimado na região sul, de 65 casos a cada 100 mil mulheres. Segundo o INCA – Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva, de acordo com a última atualização em18/03/2014, o câncer de mama é o mais incidente na população feminina mundial e brasileira, excetuando-se os casos de câncer de pele não melanoma. As políticas públicas foram impulsionadas pelo Programa Viva Mulher, em 1998, e o controle do câncer de mama foi reafirmado como prioridade no plano de fortalecimento da rede de prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer, lançado pela presidente da República, em 2011.
O câncer de mama é a segunda causa de morte entre mulheres. Somente no ano de 2011, a doença fez 13.225 vítimas no Brasil. O Ministério da Saúde preconiza um rastreamento para mulheres, a partir dos 50 anos e para os casos de risco, acima dos 35, a realizar a mamografia, diminuindo os riscos que aparecem nesta faixa etária, e garante pelo sancionamento da lei 12.732/12, aos pacientes com câncer o início do tratamento em no máximo 60 dias após a inclusão da doença em seu prontuário, no SUS.
O objetivo é oferecer aos gestores e aos profissionais de saúde subsídios para o avanço do planejamento das ações de controle deste câncer, no contexto da atenção integral à saúde.
Aqui em Itapetininga, aconteceram palestras, distribuição de material explicativo e uma passeata no dia 25 de outubro, com saída no Largo dos Amores, às 9h30. Vista você também esta camisa cor de rosa e entre na luta contra o Câncer de Mama.
Publicado no dia 18/10/2014 - Jornal Folha de Itapetininga.
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Apenas 10% das rodovias brasileiras são asfaltadas
* Mônica Chirosa
É comum ouvir cidadãos e até alguns meios de comunicação reclamarem que pagam o Imposto de Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), mas as estradas e ruas continuam esburacadas, sem sinalização, terceira faixa, entre outros, acreditando que o IPVA que pagam é para esses fins. Mas, vale lembrar que o IPVA nada tem a ver com a obrigatoriedade de ser aplicado na conservação e/ou investimentos em vias terrestres.
Primeiro, é preciso entender o significado de imposto. O Código Tributário Nacional (CTN) - Lei 5172/66 - estabelece, em seu artigo 16, o que significa "imposto": "é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte".
Traduzindo estes tópicos, podemos exemplificar que, por exigência legal, a cada R$ 100 recebidos pelo Estado, R$ 50 (inciso III do art. 158 da Constituição Federal) são destinados ao município onde o veículo estiver licenciado, R$ 12 (inciso II do art. 77 do ADCT) com a saúde e R$ 25 (art. 212 da Constituição Federal) com a educação. Isso significa que, a cada R$100,00 pagos aos Estados, R$ 87 têm destinação constitucional, restando R$13,00, cuja aplicação é determinada durante a elaboração dos instrumentos de planejamento, como por exemplo, a Lei Orçamentária Anual (LOA).
Por essas razões, o contribuinte, ao pagar um imposto, entre eles o IPVA, não pode exigir nem presumir que aquele valor deva ser destinado aos serviços das rodovias estaduais, ou seja, o IPVA é considerado uma fonte de receita para atender necessidades da sociedade como um todo e não especificamente para as rodovias.
Porém, a realidade enfrentada diariamente pelos motoristas que trafegam pelas rodovias de norte a sul do país é bem complicada. De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte, a malha rodoviária do país tem quase 1,7 milhão de quilômetros. Desse total, 87,9% não têm pavimentação.
A situação é pior nas estradas municipais, com 92,2% sem asfalto. Nas estaduais, quase metade da malha, 43,7%, não é pavimentada. A melhor situação é das rodovias federais, com 10,8% de suas estradas asfaltadas.
Mas, o maior perigo mesmo são os acidentes. A Polícia Militar Rodoviária de Itapetininga é responsável pela fiscalização de 121 quilômetros de estradas na região. A maioria tem pista simples. Segundo a corporação, dados registrados entre janeiro a junho deste ano apontam 1.670 autuações. Número maior que o registrado no mesmo período do ano passado com 1.585. Um aumento de quase 10%.
Ainda segundo a polícia, por causa de ultrapassagens, nos seis primeiros meses deste ano foram registrados 12 acidentes com vítimas e 18 sem vítimas. Essas ocorrências resultaram em 17 pessoas com ferimentos leves, três com ferimentos graves e duas mortes. Recentemente, a Rodovia Raposo Tavares foi duplicada e a velocidade máxima foi reduzida para 80km/h. Fica a dica: todo cuidado é pouco quando é preciso pegar a estrada.

Publicado no dia 11/10/2014 - Jornal Folha de Itapetininga.
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Com 26 anos SUS está falido e a saúde pública na UTI
* Mônica Chirosa
Quem utiliza o SUS em qualquer parte do território nacional sabe das dificuldades que a saúde pública apresenta na prática. Criado em 1988, o Sistema Único de Saúde tinha um objetivo claro: universalizar o atendimento aos brasileiros, agilizar as consultas, os exames que, em troca, pagam altos impostos. E como todos nós sabemos, não foi bem isso o que aconteceu.
Passados 26 anos, usuários enfrentam filas e esperam meses e até anos para conseguir realizar uma cirurgia eletiva, aqueles procedimentos não emergenciais. Seria ainda pior se parte da população não tivesse abandonado o SUS, pagando um valor extra por planos privados de saúde.
Curar o SUS deverá ser uma tarefa cada vez mais importante nos próximos anos. Isso porque é provável que parte da classe média, que atualmente, conta com planos privados, migre para o sistema público.
Segundo projeção realizada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e pelo Procon, se mantidos os atuais níveis de reajustes de mensalidades nos próximos 30 anos, as tarifas deverão subir mais de 120% acima da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
É verdade que a maior parte dos planos são custeados parcialmente pelas empresas. Contudo, é provável que aumentos como os estimados pelo Idec/Procon não sejam aceitos nem mesmo pelas companhias.
Por outro lado, o Governo Federal não apenas gasta pouco. Ele tem empurrado parte da conta para os estados e municípios. Sua participação no financiamento da saúde caiu de 60% há dez anos para cerca de 50% hoje. Isso porque a lógica do dinheiro carimbado para a saúde só vale para estados e municípios, embora não valha para a União. Assim, cada vez que a arrecadação de impostos aumenta, como tem aumentado nos últimos anos, o investimento em saúde cresce junto nos âmbitos estadual e municipal.
Numa tentativa de alimentar a saúde, foi criada a CPMF, em 2009, com a promessa que todo o imposto arrecadado seria para melhorias na saúde pública. Todos nós concordamos, pagamos sem reclamar, mas o resultado dessa conta não apareceu até hoje.
Desde o ano passado, o Governo Federal criou o Programa Mais Médicos, que estabelece a vinda de profissionais graduados fora do país sem revalidação do diploma, driblando as leis brasileiras. Pela mesma Medida Provisória, 621-2013, busca instituir que estudantes de medicina devem obrigatoriamente prestar serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS) pelo período de dois anos, muitas vezes sem que haja infraestrutura básica e supervisão necessária.
Atitudes imprudentes como essas colocam em risco a saúde da população e por isso têm sido duramente criticadas pelas entidades médicas. Pela academia e diversos setores da sociedade civil.
O que todos presenciam e vivenciam na saúde pública, são hospitais falidos, atendentes sem educação, sem respeito com o próximo, Unidades Básicas funcionando precariamente, pacientes esperando dias, meses e até anos, por um exame, uma cirurgia. Um desrespeito com o cidadão que é quem paga as contas públicas, não só da saúde, mas da segurança, da educação, mas o serviço oferecido não condiz com o valor da conta.
Publicado no dia 4/10/2014 - Jornal Folha de Itapetininga.
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Mais de 24 mil candidatos disputam as eleições no País
* Mônica Chirosa
Neste ano de 2014, após a realização da Copa do Mundo no Brasil, acontece em 5 de outubro a eleição presidencial. Aliás, os eleitores votarão além de presidente da República, para governadores, senadores, deputados federais e deputados estaduais.
Caso nenhum dos candidatos aos cargos de Presidente e Governador atinja mais de 50% dos votos válidos, um segundo turno será realizado em 26 de outubro.
Em Itapetininga, são mais de 105 mil eleitores, que tem forte representatividade para eleger um representante nas esferas estadual e federal.
Candidatos a deputados estaduais somam 16.246 para 1.035 vagas em disputa nas assembleias legislativas de todo o país. Segundo o Tribunal Eleitoral 24.900 candidatos vão disputar 1.709 vagas para os cargos de deputado federal, estadual e distrital, senador, governador e presidente da República.
O número de mulheres que vão disputar as eleições deste ano é de 7.437, ou seja, 29,81%. Nas eleições de 2010, eram 5.056, ou seja, 22,4% do total.
Na democracia, o cidadão é o sujeito do processo político.No regime democrático há consulta, plebiscito,  eleição, ou seja, as pessoas são ouvidas ou elegem  alguém para representá-las. Além disso, há alternância no poder. Isto é, de tempos em tempos, há eleição.
Não tem como negar que existem pessoas que não sabem exercer a autoridade que o povo lhe confere nas urnas. Julgam-se donos da verdade, "soberanos", na convicção de que "o mundo gira ao seu redor". Esse comportamento tipifica o ditador, o tirano. Oferecer poder demais a pessoas com esse comportamento é um atentado aos princípios mais elementares da democracia. Daí porque é tão importante promover a alternância do poder, a democratização da autoridade, a socialização do domínio politico.
Nós eleitores devemos ter a consciência de que não somos súditos. Somos cidadãos que buscamos uma sociedade igualitária e justa. Os gestores públicos são circunstancialmente guindados a um poder de mando e de controle social. Isso, no entanto, não os credencia a tratar seus governados como se fossem subalternos, obedientes à imposição do "eu quero, eu posso, eu mando".
O voto é o instrumento que dá ao cidadão a força para dar resposta aos que não sabem conviver com o poder de mando. Através da manifestação democrática e sigilosa nas urnas o eleitor reprova o administrador público corrupto e desonesto, e aprova aqueles que se conduzem com ética e responsabilidade no exercício dos seus mandatos conferidos pelo povo.
Vale lembrar que na eleição todos os cidadãos têm o mesmo valor, ou seja, cada eleitor vale 1 voto.
Publicado no dia 27/9/2014 - Jornal Folha de Itapetininga
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Primavera chegando: muitas cores, flores e alergias
* Mônica Chirosa
A Primavera começa aqui no Hemisfério Sul do planeta, no dia 23 de setembro. Uma estação cheia de charme e beleza, que deixa as cidades, estradas, praças e parques coloridos, floridos e alegres. No hemisfério sul, esta estação tem início no equinócio de setembro e tem fim no solstício de Dezembro. É a estação que vem após o inverno trazendo sempre boas novas.
Geralmente, a temperatura durante a Primavera é influenciada pelos oceanos. Nesta estação, os oceanos meridionais do hemisfério sul ainda estão frios, mas com o passar dos dias eles vão ficando mais aquecidos, o que resulta em temperaturas amenas. O dia vai ficando mais longo, amanhecendo mais cedo e escurecendo mais tarde. Tanto que em outubro já entra em vigor o horário de verão.
A primeira quinzena de setembro teve vários eventos de ar muito seco e calor recorde no Brasil. Mas o calor de setembro está só começando. A segunda quinzena promete ser, ou pelo menos começar, com uma verdadeira fornalha. As simulações atmosféricas indicam que o ar polar vai ficar retido por vários dias no centro-sul da Argentina. A circulação dos ventos em diversos níveis da atmosfera vai bloquear a passagem do ar polar para o Brasil. Os ventos frios vão ter dificuldade para entrar até sobre a Região Sul.
Enquanto o calor e a secura do ar prometem incomodar a população em grande parte do Brasil, na Região Sul, a segunda quinzena de setembro promete tempestades.
Agora, um show à parte na Primavera são os Ipês. Eles estão por todos os lados. Nesta época do ano, em meio ao clima seco, a cidade fica tomada pelos ipês. Os mais comuns são os amarelos. É exatamente no auge da estiagem que a árvore floresce e transborda de beleza, o que ameniza a paisagem castigada pela ausência de chuva.
A florada dos Ipês acontece separada por cor. O Ipê-rosa por exemplo, floresce em janeiro e fevereiro; o Ipê-roxo, entre maio e setembro; o Ipê-amarelo, entre junho e setembro e o Ipê-branco entre agosto e outubro.
De origem brasileira, a primavera, também conhecida como buganvília, ceboleiro, três-marias ou flor-de-papel, é uma espécie rústica, que exige poucos cuidados. Seu nome foi dado em homenagem ao francês Louis Antoine Bougainville, que a descobriu em nosso país, por volta de 1790, e a levou para a Europa, onde ela se tornou famosa e se difundiu para o resto do mundo. As belas e coloridas "flores" da primavera não são exatamente as flores da planta: são brácteas (folhas modificadas) que envolvem as verdadeiras, e relativamente insignificantes, flores amareladas. O conjunto resulta numa aparência exótica, encontrada nas cores branca, rosa, vermelho intenso ou laranja.
A primavera chegou, mas nem tudo é colorido. A estação atrapalha a vida dos alérgicos. As alergias dificultam a respiração e se não forem cuidadas, principalmente se começaram na infância, podem ter consequências graves.
Esta é a época da reprodução das flores, da polinização. Quando pássaros, insetos e o vento carregam o pólem, pequenas partículas ficam espalhadas no ar. Nessa situação, tanta beleza acaba se transformando em uma das piores fases para quem sofre de alergia respiratória.
O pólen entra em contato com as mucosas e ativa o processo alérgico. Primeiro o nariz coça, em seguida começam os espirros, depois a garanta fica irritada e os olhos também. O pólen é apenas um dos dispositivos da alergia respiratória. Ácaros e mofo também devem ser controlados.
A higiene da casa e do ambiente de trabalho são fundamentais para amenizar os sintomas. Procurar o médico é importante, e há tratamentos desde medicação até vacinas. Uma Primavera com muitas cores, flores e sem alergias para você!
Publicado no dia 20/9/2014 - Jornal Folha de Itapetininga.


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Dobram multas e acidentes de trânsito na cidade
* Mônica Chirosa
Quem caminha pelas ruas do centro e também pelos bairros da cidade, hora ou outra se depara com acidentes envolvendo veículos, ônibus, motos, ciclistas e pedestres. O grande problema é o desrespeito às leis. Ações simples e previstas em lei, como dar seta quando for fazer conversão; não falar ao celular enquanto dirige; não beber quando for dirigir e respeitar os limites de velocidade. Se todos respeitassem as leis, o número de acidentes seria bem menor.
Outras atitudes como ultrapassar o farol vermelho e estacionar em fila dupla, principalmente em entradas e saídas de escolas também diminuiriam consideravelmente o número de acidentes.
Mas, um fator relevante que tem contribuído para que o trânsito torne-se caótico é o aumento da frota de veículos na cidade. Em 2012 eram 74 mil veículos e em 2013, esse número subiu para 79 mil. Para uma cidade que tem pouco mais de 150 mil habitantes, a proporção é de um carro para cada 1,89 habitantes.
O número de acidentes é outro motivo de preocupação. No último trimestre de 2013, 397 acidentes foram registrados na área urbana, sendo que em 132 deles teve vítimas. Pode afirmar que isto é reflexo da falta de conscientização de muitos motoristas.
Além disso, também foram registradas conversões proibidas e passagem com o sinal vermelho. O valor das multas varia de acordo com as infrações, dirigir sem o cinto de segurança, por exemplo, custa ao motorista R$ 127, 69 além de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Já o uso do celular ao volante R$ 85,13 e mais quatro pontos.
Como consequência, o número de multas dobrou em apenas dois meses. Em fevereiro deste ano foram aplicadas 580 multas, e em março o número quase dobrou, chegando a 1.204 autuações.
E mesmo com a Lei Seca, quer dizer, tolerância zero para motoristas que ingerem bebida alcóolica, muitos são os flagrantes de motoristas embriagados. Por isso são tão importantes as Campanhas de Conscientização de Trânsito, inclusive as realizadas com crianças, já que eles serão os motoristas do futuro.
Porém, inegavelmente que a fiscalização e aplicação de multas, continua sendo a maneira mais eficiente de coibir e punir, os motoristas infratores. Quanto mais pesar no bolso, mais pesará também na consciência.

Publicado no dia 13/9/2014 - Jornal Folha de Itapetininga.
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Candidatos não respeitam Lei que proibe propagandas partidárias
* Mônica Chirosa
A cada dois anos, nós somos obrigados a conviver com o clima político-partidário que toma conta dos meios de comunicação de massa, como rádio e TV. É uma verdadeira lavagem cerebral. E não bastasse o horário eleitoral gratuito, de segunda a sábado, ainda são veiculadas propagandas durante o dia e a noite, em meio à programação normal.
Desde 2004, muitos municípios têm aderido a Lei Cidade Limpa, durante o período pré-eleitoral, numa tentativa de manter a cidade mais limpa, agradável, e sem aquelas propagandas horrorosas em muros, fachadas de imóveis, postes, praças e jardins.
Aqui em Itapetininga, uma Lei Municipal n. 5.282, de 3 de julho de 2008, proíbe propaganda político-partidária, em muros e fachadas de imóveis, edificados ou não, independente da permissão dos respectivos proprietários. Após notificação o proprietário do imóvel está sujeito à multa que varia de R$ 1.997,52 até R$ 8.066,20.
Porém, toda lei sem fiscalização de nada vale. Somando-se à falta de fiscalização o desrespeito à lei por parte dos candidatos, o resultado é o que temos visto pelos quatro cantos da cidade. Inúmeras propagandas irregulares de candidatos a deputados são flagradas diariamente. 
Cavaletes colocados sobre a grama, em trechos de calçadas dividindo espaço com os pedestres, ou nos canteiros e rotatórias das avenidas marginais, atrapalhando o trânsito são comuns na cidade. No último domingo, dia 31 de agosto, um forte vendaval atingiu a cidade e muitos, mas muitos cavaletes que estavam colocados irregularmente sobre as rotatórias e canteiros centrais das marginais, simplesmente saíram voando e atingiram alguns carros que passavam pelo local. Então, além de irregulares esses cavaletes colocam em risco a vida das pessoas, além de prejudicar a visibilidade no trânsito.
No ano passado, foi apresentado na Câmara Municipal o projeto de lei n. 83/2013, que inclui os artigos 3º e 4º à Lei Municipal n. 5.282, proibindo a colocação de propaganda eleitoral sobre cavaletes ou em qualquer outro local que venha a embaraçar o passeio público. A multa prevista em lei é de 1 UFM (Unidade Fiscal do Município) por cavalete. No artigo 4º fica proibido colocar, jogar ou arremessar material de campanha política, os conhecidos santinhos, em vias, passeios públicos da cidade. A multa neste caso é de 8 UFMs.
Em São Paulo, na tentativa de combater as irregularidades, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) firmou um convênio com a Prefeitura, que vai ajudar com a retirada das peças publicitárias consideradas ilegais pela Justiça Eleitoral. De acordo com o TRE, 58 oficiais de Justiça das zonas eleitorais da cidade fazem a fiscalização nas ruas após notificação da Prefeitura ou denúncias.
Por aqui, o desrespeito continua, até porque este projeto de lei ainda está em tramitação. Porém, o mais importante é que os eleitores tenham uma visão clara do candidato que vão votar, pois candidato que não respeita a lei enquanto candidato, imagina depois de eleito.
Publicado no dia 6/9/2014 - Jornal Folha de Itapetininga.
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Tempo Seco + Falta de Chuva = Queimadas e Incêndios
* Mônica Chirosa
A falta de chuva durante o período de estiagem traz muitos prejuízos a todos nós. Por conta do tempo seco, as queimadas aumentam consideravelmente prejudicando a saúde e a segurança das pessoas, as queimadas também destroem a flora e a fauna da região. Nos incêndios, muitos animais morrem queimados ou intoxicados.
Sem falar que a fumaça das queimadas em alguns momentos faz o sol desaparecer. O período de seca também favorece o aparecimento e complicações por doenças respiratórias. As queimadas, típicas desta época, agravam o problema. O sumiço da voz é um dos vários sintomas do tempo seco e do ar repleto de fuligem das diversas queimadas que acontecem todos os dias.
Depois do fogo, restam as fuligens e a terra, que com o vento são jogadas na cidade, que fica encoberta por uma espécie de fumaça. O Corpo de Bombeiros registrou oito chamadas para combater fogo em mato em menos de 12 horas no dia 7 de agosto em Itapetininga.
Há alguns dias em Itapetininga, o quintal de uma casa no bairro Parque do Lagoa pegou fogo. Outro foco destruiu mais de oitocentos mil metros quadrados de uma fazenda, na área rural da cidade.
Os bombeiros levaram cinco horas para controlar as chamas. As queimadas também causaram estragos em três pontos de Tatuí: bairro Manoel Guedes, Jardim Tóquio e em uma fazenda. Em Tietê, o incêndio foi numa área às margens da rodovia Marechal Rondon. Felizmente, em todos os casos, não houve feridos.
A prática de atear fogo em terrenos é ilegal e prejudica o meio ambiente além de aumentar o trabalho do Corpo de Bombeiros. É neste período também que cresce a preocupação da Policia Ambiental para combater este crime. Existe ainda a preocupação com os pequenos focos de incêndio, provocados por donos de sítios e chácaras ou até mesmo em terrenos na área urbana. Provocar queimadas é um crime contra o meio ambiente e para quem os comete a pena pode chegar a três anos de detenção, além do pagamento de multa que pode chegar a R$50 mil. Caso o incêndio não seja provocado intencionalmente a pena pode variar entre seis meses e um ano de prisão, com direito a fiança.
Nesta época do ano, a umidade relativa do ar, ideal acima dos 60%, gira em torno 20%, bem perto da registrada em áreas de deserto, que é 17%. Há três meses não chove na região sudoeste do estado.
Algumas dicas podem amenizar ou até evitar problemas respiratórios nesta época do ano. Toalhas molhadas e bacias com água devem ser colocadas dentro de casa, principalmente no quarto. Outra dica é beber muita água e manter-se sempre hidratado. Com o tempo seco o surgimento de fungos e ácaros é mais propício, por isso manter a casa limpa e bem arejada são ótimas dicas.
Para evitar a secura e a irritação dos olhos, o soro fisiológico é uma ótima opção. Todos nós sentimos o ressecamento na pele, literalmente. Usar e abusar de cremes hidratantes ajuda bastante a manter a umidade natural da pele. Os exercícios físicos devem ser evitados nos horários mais quentes, das 10h às 17h. O ideal é praticar atividades físicas pela manhã, ou no final da tarde, e até à noite. Esportes que envolvem água, como a hidroginástica, são uma boa pedida!
Publicado no dia 30/8/2014 - Jornal Folha de Itapetininga.
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Pior seca dos últimos 70 anos 
* Mônica Chirosa
A estiagem que estamos vivendo no sudeste do país é uma das maiores dos últimos tempos. Em várias cidades, o racionamento já é uma realidade. Na capital e nas regiões de Sorocaba e Campinas, os municípios próximos já sofrem com crise de abastecimento devido à falta de chuvas. As cidades de Saltinho, Nova Odessa e Piracicaba já convivem com a realidade do racionamento.
Felizmente, aqui em Itapetininga, o racionamento ainda não está presente no nosso dia-a-dia. Porém, os índices são alarmantes, já há alguns meses. Em maio, o rio Itapetininga estava com apenas 70 centímetros de profundidade. A marca estava assinalada na régua que faz a medição no bairro do Porto Velho. A falta de chuva também prejudica uma das principais áreas naturais e de lazer de Itapetininga. A Lagoa Silvana, localizada na Estância Conceição, baixou aproximadamente 1,5 metros de altura. De acordo com Reinaldo Nalesso, presidente da Associação de Preservação da Lagoa da Estância Conceição (Aplec), houve redução de 40% do volume de água da Lagoa.
Localizada na rua Joaquim Crioco Gomes, a fonte chamada Rosa Moucachen é utilizada pelos moradores do município para o consumo de água potável, mas que hoje, infelizmente, encontra-se seca. 
Segundo especialistas, o motivo da seca é a estiagem que se intensificou nos últimos dois meses. Dados da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), responsável pela medição da quantidade de chuvas ocorridas em Itapetininga - demostram que em 2013, no mesmo período, choveu 229, 2 milímetros. Já em 2014 foram 57,5 milímetros, ou seja, neste ano o volume de chuvas teve uma redução de 75%.
Em 1958 e nos anos 70, o rio Itapetininga também sofreu por causa da falta de chuvas. As maiores altas registradas aconteceram no ano de 2004 conforme a Agência Nacional de Águas (ANA). Segundo os frequentadores do local o nível normal do rio estaria entre 1,8 a 2 metros de altura. Em outros pontos como no bairro Curuçá e na ponte localizada na rodovia Maestro Benedito Pompeu de Jesus (Estrada Itapetininga-São Miguel Arcanjo) também é possível ver o baixo nível do rio. E o rio pode ficar ainda mais baixo, o final do período da estiagem será em outubro, temos cinco meses com pouca chuva.
Outro ponto de medição da água fica no bairro da Chapadinha e é administrado pela Sabesp. Segundo a concessionária, o nível está cerca de um metro abaixo da medição do mesmo período do ano anterior. “O que ocorre é efeito da falta de chuvas no final do ano passado e no início de 2014. Mas a cidade não corre risco de racionamento”, afirma o gerente da Sabesp, Wantuil Peres.
E cabe a cada um de nós a responsabilidade do uso da água. Seja economizando água durante o banho, seja para lavar o carro ou mesmo escovar os dentes. Água é um bem precioso e sem ela a sobrevivência de qualquer ser vivo, seja animal ou vegetal, fica totalmente comprometida, podendo até ser extinta. Faça a sua parte!

Publicado no dia 23/8/2014 - Jornal Folha de Itapetininga.
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